O cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, partiu nesta quarta-feira, 20, do aeroporto romano de Fiumicino com destino a Havana, por ocasião do décimo aniversário da memorável viagem apostólica de João Paulo II a Cuba. Portanto, clima de expectativa na Ilha caribenha, após a histórica sucessão entre Fidel e o irmão Raul, há quase meio século da vitória da revolução castrista, ocorrida em 1959.
Uma bênção especial do Papa para os cubanos, "do 'líder máximo' a toda a população": é o dom que o purpurado levará à Ilha do Caribe, em sua visita de seis dias, que se inicia hoje, 21, e vai até a próxima terça-feira, dia 26, com um programa intenso de encontros com a comunidade eclesial, leigos, seminaristas, religiosos e religiosas, sacerdotes e bispos, e de colóquios com as autoridades políticas e civis.
"Rezarei, antecipou à imprensa o Cardeal Bertone, pela Igreja, pelo povo cubano, inclusive pelos líderes políticos", e também "pelo desenvolvimento positivo daquela realidade complexa, mas também promissora". "Esperamos, acrescentou o secretário de Estado vaticano, instaurar uma mesa de trabalho que seja positiva" e que "após essa minha visita gere algum bom fruto".
Portanto, grande expectativa entre os fiéis cubanos e entre os observadores internacionais por essa visita que tem início após a recente renúncia de Fidel Castro, depois de 49 anos ininterruptos na condução do país.