A preparação do próximo Sínodo que acontecerá no Vaticano, de 5 a 26 de outubro de 2008, e tem por tema "A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja", está suscitando numerosas iniciativas para a promoção da Palavra de Deus, até o ponto de que vários bispos ou as próprias conferências episcopais escolheram como programa pastoral temas relacionados.
Quem o revelou foi o arcebispo Dom Nikola Eterovic, secretário-geral do Sínodo, ao intervir no Congresso promovido pela Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia Lateranense sobre o tema central do XII Sínodo.
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Em seu discurso, o prelado anunciou que "foram colocadas à disposição publicações sobre a Sagrada Escritura, tanto no âmbito científico como de divulgação popular", enquanto "se organizam congressos de estudo sobre o tema sinodal e muitas pessoas, em especial religiosas e religiosos dos mosteiros de clausura, asseguram sua oração".
Dom Eterovic fez uma breve passagem histórica dos sínodos precedentes, "universal, afirmou, como o demonstram, em primeiro lugar, as numerosas respostas aos Lineamenta que fizeram os sínodos católicos sui iuris das Igrejas orientais, as conferências episcopais e outros organismos eclesiais, assim como muitas instituições monásticas, congregações religiosas e inclusive fiéis a título pessoal".
Dos 152 organismos colegiados institucionais consultados pela Secretaria Geral, através de carta, 99 responderam sugerindo vinte temas e, deles, 17 indicaram o da Palavra de Deus.
Os outros dois temas que tiveram maior freqüência foram "a iniciativa cristã e o catecumenato na nova evangelização do mundo secularizado" (oito preferências) e "a missão da Igreja em prol da justiça, da paz e da caridade frente aos desafios da sociedade globalizada" (também oito preferências).
O tema para o Sínodo de outubro, indicou o prelado, está estreitamente relacionado com o do precedente, "A Eucaristia: fonte e cume da vida e da missão da Igreja", porque a Palavra de Deus é um dos "dois banquetes" da celebração eucarística.
Todo este material será examinado pelo Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo, formado por quinze membros, dos quais doze são eleitos pelo anterior Sínodo e três nomeados pelo Papa, entre os dias 22 e 23 de janeiro, visando à redação do Instrumentum Laboris, que servirá como documento de aprofundamento e reflexão para toda a Igreja.