Brasil

Energia Elétrica no Brasil é das mais caras do mundo

As tarifas residenciais de energia elétrica no Brasil estão entre as mais elevadas do mundo e custam cerca de 65% acima dos preços pagos pelos consumidores residenciais norte-americanos. Os preços pagos no Brasil estão acima até dos vigentes em alguns países europeus, como Espanha e França, embora fiquem abaixo dos registrados na Irlanda, Portugal e Inglaterra.

Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a tarifa média das 65 distribuidoras de energia no País estão em torno de R$ 327,21 por MW/h, o que corresponde a cerca de US$ 172 ao câmbio de R$ 1,90 por dólar.

Tradicionalmente, as tarifas de energia elétrica no Brasil ficavam muito abaixo das vigentes nos países ricos, que são fortemente dependentes de petróleo importado. No Brasil, as hidrelétricas respondem por 95% da energia elétrica produzida no País com custo praticamente zero para o combustível, que é a água.

O sistema brasileiro prevê um "custo para a água" basicamente para cobrir despesas de compensação ambiental aos governos estaduais e municipais.

A inversão ocorreu nos últimos dez anos, com os fortes reajustes para as tarifas do setor elétrico. Entre dezembro de 1995 e o final do ano passado, a Aneel reajustou as tarifas residenciais em 386,2%, quase o dobro do reajuste da inflação aferida pelo IPCA no mesmo período, que acumulou variação de 210,15%.

Outro fator que "encareceu" a tarifa brasileira em relação a outros países foi a apreciação do real ante o dólar norte-americano. Com o real cotado a R$ 1,90, a tarifa brasileira fica mais "cara", quando convertida para dólar.

Os reajustes para as residências, porém, ficaram abaixo dos registrados para o setor industrial nesse mesmo período. No período de dez anos, a agência reguladora reajustou as tarifas pagas pela indústria em 476,44%.

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