Dom Zenari destacou a necessidade de a comunidade internacional ajudar a acabar com a guerra e fazer respeitar o direito humanitário internacional
Da redação, com Rádio Vaticano
Os novos ataques na Síria continuam a atingir civis inocentes, como vem acontecendo nos últimos anos. Para o Núncio Apostólico de Damasco, Arcebispo Mario Zenari, a questão da proteção dos civis nunca se resolveu e são eles a pagar a conta e a sofrerem as consequências mais terríveis deste conflito, principalmente as muitas crianças.
“Esta situação precisa acabar. Infelizmente é um conflito em que não são respeitadas as normas do direito humanitário internacional, as mais elementares, como a proteção dos civis”, disse o bispo.
“Eu disse há algumas semanas que a população de Aleppo, sobretudo da parte leste, corre o risco de ser colocada “a fogo e fome”. É uma situação inaceitável. É uma vergonha para a comunidade internacional que não se consiga proteger um número assim tão elevado de pessoas, esta indefesa comunidade, população civil: estas 270 mil, ou quantos forem, não são todos terroristas, a maioria é população civil, isto é, mulheres, crianças, idosos”, ressaltou.
Dom Zanari afirmou ainda que o que está acontecendo não é somente sobre a consciência em grande parte daqueles que têm a possibilidade de deter estes conflito ou de fazer respeitar o direito humanitário internacional, mas uma vergonha que pesa sobre a consciência de todos.
O pedido da população
“[A população] pede o fim da guerra e os direitos fundamentais: poder comer, ter água, não estar sob assédio, sob as bombas, sob os tiros dos canhões. Porque as pessoas estão cansadas deste conflito. É necessário que a comunidade internacional, que deve ser movida também pela consciência internacional de todos nós, ajude a acabar com a guerra e faça respeitar de uma vez por todas o direito humanitário internacional, portanto a proteção dos civis, daqueles que não têm nada a ver com esta guerra, o acesso à comida, à água, aos cuidados sanitários”.
Ajudas internacionais
Dom Zenari disse que as ajudas internacionais existem, sendo que os comboios estão à porta e seguidamente estão bloqueados ou às vezes também são atacados, como ocorreu em 19 deste mês. “Também neste caso, é uma vergonha que pesa sobre a consciência de todos”, afirmou o Núncio Apostólico de Damasco
