BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO

Bispo de Coimbra celebra Missa em Ação de Graças a Irmã Lúcia

A reflexão feita pelo Bispo de Coimbra, Dom Virgílio do Nascimento, na Santa Missa foi voltada para o papel de Maria na Igreja e sua importância para Deus

Monique Coutinho
Da redação

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Irmã Lúcia de Jesus (1907-2005) / Reprodução: Canção Nova

Nesta segunda-feira, 13, ocorreu a sessão de clausura do inquérito diocesano do processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia de Jesus (1907-2005), no Carmelo de Santa Teresa de Coimbra, Portugal, onde a vidente de Fátima faleceu. O momento foi marcado por muita emoção e contou com a presença dos responsáveis pela formalidade da documentação.

Após a sessão, ocorreu a celebração da Santa Missa em solenidade a beatificação e canonização de Irmã Lúcia, presidida pelo Bispo de Coimbra (Portugal), Dom Virgílio do Nascimento Antunes. O sacerdote refletiu sobre o papel de Maria na Igreja e sua importância para Deus.

“Maria entrou no mistério de Cristo, da Igreja, e passou a ser venerada como mãe de Deus, da Igreja e nossa mãe”, disse, acrescentando que todos devem ter um coração grato a Deus por ter concedido à humanidade sua mãe.

“Agradecemos ao Senhor por nos dar a mãe de Deus, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo. Maria pôs-se a caminho e com a força da sua graça, Deus a encheu do Espírito Santo e a proclamou bendita entre as mulheres. Escolhida por Ele, Maria tornou-se a mãe de Jesus, o salvador.”

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O Bispo de Coimbra observa que a atitude de colocar-se a caminho e dirigir-se apressadamente ao encontro de Isabel, fez de Maria a primeira discípula de Jesus. “Ao mesmo tempo que se torna discípula, ela abre a porta a discipulado. Ela foi a primeira a dar a resposta ao chamado de Deus”.

A fé de Maria tem uma dimensão sobrenatural, pois ela acredita no Deus único e verdadeiro, diz Dom Virgílo, que acrescenta afirmando que a vida do povo de Deus deve esconder a mesma fé sobrenatural da Mãe da Igreja.

“Há de ter a mesma intimidade com Deus e com o próximo, há de ser um caminho de segmento de Cristo, a quem procuramos estar unidos pelos laços e comunhão.”

Por isso, a caminhada da Igreja acompanhada pela figura materna de Maria só é possível quando Jesus transforma toda dificuldade em alegria, consulação e gozo que nasce da presença do Espírito Santo.

“Vencer o pecado e renascer na santidade como resposta ao amor misericordioso de Deus só é possível quando a Igreja e cada um de seus membros deslumbram as maravilhas que o Senhor pode e quer realizar em todos aqueles que chamou”, diz.

Três desafios

A celebração em ação de graças a Deus no dia de aniversário de morte da Irmã Lúcia traz três desafios: colocar-se a caminho, viver o Evangelho na alegria e testemunhar a fé.

“Em primeiro lugar o desafio de pormos sempre a caminho, para nos tornarmos melhores discípulos de Jesus. Trata-se de um caminho belo e feliz, apesar de todas as dificuldades e fraquezas. Em segundo lugar o desafio de acolhermos e vivermos o Evangelho na alegria, como realidade que nasce de dentro de nós. E em terceiro lugar o desafio de darmos o testemunho pessoal e comunitário da fé, que transforma em esperança tudo o que humanamente não tem horizonte de salvação.”

Ao concluir a reflexão, o Bispo de Coimbra faz referência a Irmã Lúcia que manifestou através de suas notas pessoais o desejo de seguir fielmente a Cristo.

“A Irmã Lúcia manifestou o desejo de fazer da sua vida um segmento fiel de Cristo como discípula e permanecer na alegria do Evangelho como testemunho da misericórdia do Senhor, com Maria, e com a Igreja” conclui.

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