Francisco recebeu nesta manhã luteranos que participam de peregrinação ecumênica
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta quinta-feira, 13, no Vaticano, cerca de mil participantes da peregrinação de luteranos e católicos. O grupo faz um percurso ecumênico que saiu da região de Lutero, na Alemanha, e se conclui em Roma.
“Demos graças a Deus porque hoje, luteranos e católicos, estão prosseguindo no caminho que vai do conflito à comunhão. Percorremos juntos um pedaço de estrada importante. Ao longo do caminho experimentamos sentimentos contrastantes: dor pela divisão que ainda existe entre nós, mas também alegria pela fraternidade reencontrada. A sua presença tão alegre e numerosa é um sinal evidente desta fraternidade, e nos dá a esperança de que continue crescendo a compreensão recíproca”, disse Francisco.
Caminho ecumênico
O Santo Padre recordou as palavras do apóstolo Paulo sobre o único Corpo de Cristo formado a partir do Batismo dos cristãos. “Por isso, pertencemos uns aos outros e quando um sofre, todos sofrem, quando um se alegra, todos se alegram. Prossigamos com confiança o nosso caminho ecumênico, pois sabemos que, além das questões abertas que ainda nos separam, já estamos unidos. O que nos une é muito mais do que o que nos divide”, acrescentou Francisco.
O Papa recordou que no final deste mês visitará a Catedral Luterana de Lund, na Suécia, para recordar, junto com a Federação Luterana Mundial, depois de cinco séculos, o início da reforma de Lutero e agradecer ao Senhor pelos cinquenta anos de diálogo oficial entre luteranos e católicos.
“Parte essencial desta comemoração será dirigir o nosso olhar para o futuro, em vista de um testemunho cristão comum ao mundo de hoje, que tem muita sede de Deus e de sua misericórdia. O testemunho que o mundo espera de nós é sobretudo o de tornar visível a misericórdia que Deus tem por nós através do serviço aos pobres, aos doentes, a quem abandonou sua terra para procurar um futuro melhor para si e seus entes queridos. Ao nos colocar a serviço dos mais pobres experimentamos o estar unidos: é a misericórdia de Deus que nos une”, disse Francisco.
O Santo Padre encorajou os jovens a serem testemunhas da misericórdia. “Enquanto os teólogos levam adiante o diálogo no campo doutrinal, vocês continuem buscando com insistência ocasiões para se encontrar, se conhecerem melhor, rezar juntos e oferecer sua ajuda recíproca e a todos aqueles que vivem na necessidade”.