Especial 80 anos

Monsenhor Jonas: uma paternidade espiritual que vai além da Canção Nova

Paternidade espiritual de Monsenhor Jonas ultrapassa limites da Comunidade Canção Nova; conheça algumas experiências

Kelen Galvan
Da redação

O Fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, completa 80 anos na próxima quarta-feira, 21. Até lá, o noticias.cancaonova.com vai publicar uma série de testemunhos de pessoas próximas a ele e que podem dizer quem é padre Jonas: um pai, um amigo, um irmão. 

Ao longo de sua trajetória, monsenhor Jonas Abib, marcou a vida de muitas pessoas com suas palestras, formações, músicas ou mesmo com sua amizade, tornando-se o pai espiritual de uma geração.

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Diácono Nelsinho Corrêa / Foto: Arquivo Canção Nova

Diácono Nelsinho Corrêa lembra que conheceu o sacerdote em julho de 1975 durante um encontro chamado Maranathá. “Eu tinha 15 anos quando o conheci, voltei pra casa e disse para o meu pai que tocava cavaquinho: ‘pai, arruma um violão pra mim. Preciso ajudar um padre que está sozinho lá’. E eu voltei pra ajudá-lo. Eu não sabia tocar nada, ele me ensinou a tocar violão. Ele me pegou nem um coroinha e hoje sou um diácono da Igreja (…) Minha experiência com ele é de um pai. Ele me formou nesses anos todos”, lembra. E já se foram 42 anos na companhia do padre Jonas, dos quais 32 anos como membro da comunidade.

Essa paternidade espiritual de monsenhor Jonas ultrapassa os limites da comunidade. Diácono Nelsinho conta que já viu bispos e cardeais beijarem a mão do padre e tomar sua bênção, e também ouviu muitas outras pessoas dizerem: ‘padre Jonas é meu pai’. “As pessoas o amam, o assédio que elas têm com ele é diferente, é de quem quer tocar em um pai”.

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Amizade de pai e filho

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Professor Felipe Aquino / Foto: Arquivo Canção Nova

Professor Felipe Aquino também viveu uma experiência de paternidade espiritual com o monsenhor. “Eu sempre trabalho com ele, desde 1970. São 46 anos. Ele orientou meu namoro, celebrou nosso casamento, nos acompanhou, conheceu meus filhos (…) Foi uma amizade de pai e filho. A gente conversava muito”.

Ele conta que a amizade gerou muitos frutos, entre os quais a motivação para criar uma casa de recuperação e fundar a editora Cléofas. “Tudo foi por causa dele. Lembro do primeiro livro que eu escrevi. Eu havia feito minha consagração à Nossa Senhora e tive vontade de escrever sobre Nossa Senhora. E eu ouvia as pregações do padre sobre ela. Escrevi o livro e levei para ele, o título que eu tinha pensado era ‘A coroa de glória da Virgem Maria’, ele olhou e sugeriu, vamos chamar de ‘A Mulher do Apocalipse’. Tempos depois escrevi outro, ‘Sereis uma só carne’, e ele fez a apresentação do livro. Na época ele disse: ‘olha Felipe, isso é com uma agulha na veia, você vai injetar muito remédio aí’. E hoje já escrevi 80 livros”.

Outro ponto que professor Felipe recorda é que padre Jonas sempre teve um dia a dia muito corrido e viajava muito, mas o sacerdote percebia que ele gostava de estudar. “Ele me chamou para apresentar a Escola da Fé. E eu sentia que ao lado dele, eu era alguém que precisava ir pavimentando as estradas que ele abria, ou seja, dando formação. E faz 20 anos que dou aulas nas duas casas de formação da Canção Nova”.

Novas comunidades

Padre Jonas também têm uma paternidade espiritual com muitas das novas comunidades aqui do Brasil. Uma delas é a Obra de Maria, fundada por Gilberto Gomes Barbosa, o atual presidente da Fraternidade Católica Internacional (Frater).

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Gilberto Gomes Barbosa / Foto: Arquivo Canção Nova

Gilberto afirma que padre Jonas é a maior referência de Deus que ele tem aqui nesta terra e conta que o sacerdote marcou sua vida ainda muito jovem, aos 19 anos. “No início da Obra de Maria, eu buscava um caminho vocacional com a Canção Nova, e em uma visita do padre Jonas em Recife, ele olhou para mim e disse; ‘assuma essa paternidade. Deus está chamando você para iniciar esta obra’. E ali naquela Missa começou a comunidade Obra de Maria. Uma obra que hoje tem 26 anos e está em 17 países, com mais de 2600 missionários”.

Ele também se considera com filho de monsenhor Jonas, mas percebe que também o padre se sente pai. “A filiação existe concretamente porque Deus deu a ele essa visão e o carisma nasceu. Mas depois a filiação se manifesta no dia a dia, e eu me vejo parecido com ele em muitas coisas, eu sei como ele pensa, eu estou num lugar já percebo o que ele está querendo, próprio daquilo que faz um filho”.

Gilberto conta que também a sua função hoje na fraternidade foi a partir de uma iniciativa do padre Jonas para que ele se candidatasse. “Ele foi bem direto e disse para a Luzia: ‘humanamente o Gilberto não tem nenhuma chance de ser eleito, mas insistam com o nome dele. Se ele for humilde e deixar que o nome dele permaneça, pode ser que seja eleito'”.

Ele conclui afirmando que a filiação se manifesta naquilo que o pai pensa para o filho, mas também naquilo que o filho pensa como o pai.

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