O Santo Padre se inspira em passagem de Mateus em sua reflexão dominical
Da redação, com Rádio Vaticano
Em sua reflexão que precede a oração mariana do Angelus deste domingo, 17, o Papa Francisco dedicou-se a temas como o perdão, inspirando-se na passagem de Mateus proposta pela liturgia do dia.
“Perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre”, é a resposta de Jesus a Pedro ao ser questionado por ele sobre quantas vezes deveria perdoar. Se para ele perdoar sete vezes uma mesma pessoa já parecia ser muito, “talvez para nós pareça muito fazê-lo duas vezes”, observou Francisco.
O Papa coloca Jesus e o perdão em perspectiva por meio da parábola do “Rei misericordioso e do servo perverso, que mostra a incoerência daquele que antes foi perdoado e depois se recusa a perdoar”: “A atitude incoerente deste servo é também a nossa quando rejeitamos o perdão aos nossos irmãos. Enquanto o rei da parábola é a imagem de Deus que nos ama com um amor tão rico de misericórdia, que nos acolhe, nos ama e nos perdoa continuamente”.
O Santo Padre recordou ainda que com o nosso batismo, Deus nos perdoa de uma “dívida insolvível”, e continua a nos perdoar “assim que mostramos um pequeno sinal de arrependimento”.
E Francisco deu um conselho para quando houver dificuldade em perdoar: “Quando somos tentados a fechar o nosso coração a quem nos ofendeu e nos pede desculpa, nos recordemos das palavras do Pai celeste ao servo perverso: “eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?”.
Depois o Papa lembrou a oração do Pai Nosso para explicar o perdão: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tenha ofendido. O perdão de Deus é o sinal de seu amor transbordante por cada um de nós; é o amor que nos deixa livres para nos afastar, como o filho pródigo, mas que espera a cada dia o nosso retorno; é o amor contínuo do pastor pela ovelha perdida; é a ternura que acolhe todo pecado que bate à sua porta. O Pai celeste é pleno de amor e quer oferecê-lo, mas não o pode fazer se fechamos o nosso coração ao amor pelos outros”.
Por fim, o Papa pediu que “a Virgem Maria nos ajude a ser sempre mais conscientes da gratuidade e da grandeza do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, Pai bom, lento para a ira e grande no amor”.