Meditações deste ano foram preparadas por jovens libaneses sob a orientação do Cardeal Béchara Boutros Raï, Patriarca Maronita do Líbano
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco preside na noite desta Sexta-Feira Santa, 29, a tradicional cerimônia da Via-Sacra no Coliseu de Roma às 17h05 (horário de Brasília, 21h05 em Roma). Como todos os anos, a cada estação a Cruz é carregada por pessoas de várias partes do mundo, como sinal da redenção de Cristo por todos, celebrada pela Igreja universal.
O Vigário para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini carrega a Cruz na primeira e última estação. Há famílias italianas e indianas, deficientes, representantes da China, Síria e Oriente Médio. Da América Latina, dois brasileiros levarão a Cruz nas estações doze e treze: Carlo Ronzoni e Antonella Passatore.
As meditações foram preparadas por jovens libaneses sob a orientação do Cardeal Béchara Boutros Raï, Patriarca Maronita do Líbano. O texto das reflexões está disponível em vários idiomas, inclusive em português, no site oficial do Vaticano. Acesse.
A Exortação Apóstolica “Ecclesia in Medio Oriente” foi um dos guias para a elaboração das meditações. “O nosso mundo está cheio de mães aflitas, de mulheres feridas na sua dignidade, lesadas pelas discriminações, a injustiça e o sofrimento”, lê-se no texto.
Ou ainda: “Também hoje o mundo se curva a realidades que procuram expulsar Deus da vida do homem, como o laicismo cego que sufoca os valores da fé e da moral em nome duma suposta defesa do homem, ou o fundamentalismo violento que toma como pretexto a defesa dos valores religiosos”.
Em todo o tempo, escrevem os jovens, o homem acreditou que ele próprio podia substituir Deus e determinar por si mesmo o bem e o mal (cf. Gn 3, 5), sem referência ao seu Criador e Salvador. Julgou-se omnipotente, capaz de excluir Deus da vida própria e da dos seus semelhantes, em nome da razão, do poder ou do dinheiro.
A juventude libanesa denuncia que no mundo de hoje, existem muitos “Pilatos” que, nas suas mãos, detêm as rédeas do poder e as usam ao serviço dos mais fortes. “Muitos são aqueles que, fracos e covardes face a estas correntes de poder, empenham a sua autoridade ao serviço da injustiça e espezinham a dignidade do homem e o seu direito à vida.”