Em Istambul

Com gestos simbólicos, Papa visita Museu e Mesquita

Durante as duas visitas não houve discurso. Na Mesquita, Francisco rezou em silêncio e no Museu deixou escrito um pensamento no Livro de Visitas

Da Redação, com Rádio Vaticano

No segundo dia da visita do Papa Francisco à Turquia, o Santo Padre deixou a capital turca, Ancara, às 8h30 da manhã, hora local, e se dirigiu para Istambul. No aeroporto, foi acolhido pelo Patriarca Ecumênico, Bartolomeu I, pelo Governador da cidade e por algumas autoridades locais.

A seguir, o Papa se dirigiu para a Mesquita Sultan Ahmet, conhecida como Mesquita Azul, uma das mais importantes de Istambul, a bordo de um carro, causando surpresa nos jornalistas turcos. O jornal Hurriyet recordou que as autoridades turcas haviam rejeitado o pedido da comitiva de Francisco para utilizar “um carro modesto” nos deslocamentos durante a visita na Turquia.

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Mesquita Azul

Na Mesquita o Pontífice foi recebido pelo Grão-Mufti, por outro Mufti e por dois Imames. Em respeito à tradição, entrou sem calçados. Na Mesquita, o Grão Mufti explicou ao Papa alguns versículos do Alcoorão. Ao chegarem diante da mirhab, uma niquia de mármore que indica a direção da Meca, o Grão Mufti explicou ao Papa outras passagens do Alcoorão e da origem da palavra mirhab, falando também da figura de Zacarias, do nascimento de João, de Isabel e de Maria. Francisco, o terceiro Pontífice a visitar uma Mesquita, permaneceu alguns minutos recolhido em oração silenciosa, ao lado do Grão-Mufti, com as mãos sobre a cruz peitoral.

“Tratou-se de uma adoração silenciosa”, disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, destacando que durante a visita à Mesquita o Papa falou duas vezes “devemos adorar a Deus”, acrescentando que “não devemos somente louvá-lo e glorificá-lo, mas devemos adorá-lo”.

“Foi um belo momento de diálogo inter-religioso”, destacou Padre Lombardi, “a mesma, idêntica coisa que fez Bento XVI há oito anos”.

O primeiro Pontífice a entrar em um templo muçulmano, foi João Paulo II em 6 de maio de 2001, na Mesquita de Ommayadi, em Damasco.

Museu de Santa Sofia

Após a visita à Mesquita Azul, o Pontífice se dirigiu ao Museu de Santa Sofia, antiga basílica dedicada à Divina Providência, em cujo livro de Ouro, escreveu: “Como são amáveis as vossas moradas, Senhor dos exércitos!” Salmo 83 . “Contemplando a beleza e a harmonia deste lugar sagrado, a minha alma se eleva ao Todo-poderoso, fonte e origem de toda beleza, e peço ao Altíssimo para guiar sempre os corações da humanidade no caminho da verdade, da bondade e da paz”.

Depois, o Santo Padre deslocou-se para a sede da Representação Pontifícia, em Istambul, onde foi acolhido por cerca de 50 representantes das Comunidades católicas locais: latina, armênia, síria e caldeia, guiadas por seus respectivos lideres. Ali, o Papa recebeu as boas vindas do Presidente da Conferência Episcopal turca, Dom Ruggero Franceschini.

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