Tráfico humano é delito contra a humanidade, reitera Papa

Francisco encontrou-se nesta manhã com participantes da conferência internacional que reflete sobre o problema do tráfico de seres humanos

Da Redação, com Rádio Vaticano

Um delito contra a humanidade. Esta foi a definição usada pelo Papa Francisco nesta quinta-feira, 10, para falar do tráfico humano. O Santo Padre foi até a sede da Pontifícia Academia das Ciências para um encontro com os participantes da conferência internacional dedicada à problemática do tráfico humano.

Francisco enfatizou que o tráfico de seres humanos é uma chaga no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo, um delito contra a humanidade. Ele falou do comércio de homens, mulheres e crianças como se as feridas na “carne de Cristo” estivessem na sua própria carne.

Para o Papa, este é um triste fenômeno, um campo de luta. Estando hoje face a face com os participantes da conferência sobre o tráfico humano, ele teve a oportunidade de expressar a sua indignação e, sobretudo, a urgência da solidariedade, inspirada na fé, com as vítimas desse crime.

“É um encontro importante, mas é também um gesto da Igreja, um gesto das pessoas de boa vontade que querem gritar ‘basta!’ (…) O fato de nos encontrarmos aqui, para unir os nossos esforços, significa que queremos que as estratégias e as competências sejam acompanhadas e reforçadas pela compaixão evangélica, pela proximidade aos homens e mulheres que são vítimas desse crime”.

Francisco também aproveitou seu discurso para agradecer às Conferências Episcopais de Inglaterra e Gales por terem organizado a conferência. Na audiência, também estavam presentes autoridades de polícia que combatem o tráfico humano e agentes humanitários, chamados a exprimir, sobretudo, acolhimento e calor humano às vítimas.

“São duas abordagens diferentes, mas que podem e devem andar juntas. Dialogar e confrontar-se a partir destas duas abordagens complementares é muito importante. Por este motivo encontros como este são de grande utilidade, diria necessário”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo