8 de fevereiro

Tráfico de pessoas: dia de oração será celebrado nesta sexta-feira

Uma coletiva de imprensa realizada hoje no Vaticano apresentou a edição deste ano do dia de oração, celebrado anualmente em 8 de fevereiro

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Uma coletiva de imprensa no Vaticano nesta quinta-feira, 7, apresentou o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, celebrado amanhã. A data é promovida pela União Internacional dos Superiores Gerais e celebrada anualmente em 8 de fevereiro, dia de Santa Josefina Bakhita. O tema deste ano é “Juntos contra o tráfico de pessoas”.

O sub-secretário da seção migrantes e refugiados do órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, padre Michael Czerny, pontuou aos jornalistas que as orientações pastorais do Vaticano nesse assunto ajudam a enxergar mais claramente as causas do tráfico humano persistir ainda em pleno século 21, bem como entender como esse “comércio maligno” funciona.

“As testemunhas descreverão uma decepção inimaginável, coerção e sofrimento. As testemunhas mostrarão concretamente o que pode ser roubado de uma vida humana para o prazer e o lucro de outras pessoas”.

Padre Michael destacou ainda que, no coração da história de cada vítima, está a dignidade inviolável e sagrada da pessoa humana. E no coração da libertação de cada sobrevivente está a solidariedade dos outros. “Os primeiros a oferecer solidariedade foram e são as Irmãs, que trabalham em silêncio e de forma conjunta, e sua rede mundial está aqui, Talitha Kum”.

Talitha Kum

A coordenadora internacional da rede contra o tráfico Talitha Kum, irmã Gabriela Bottani, também estava presente na coletiva e apresentou aos jornalistas um pouco do trabalho da rede . Ela lembrou que, neste ano, celebram-se os 10 anos de atividade da rede Talitha Kum na luta contra o tráfico de pessoas nos cinco continentes.

Hoje, a rede desenvolve atividades de prevenção, sensibilização, proteção, parceria e oração em 77 países nos cinco continentes: 13 na África, 13 na Ásia, 17 na América, 31 na Europa e 2 na Oceania. Nos 34 países onde não há redes nacionais, as coordenações regionais ou continentais têm grupos ou pessoas de contato.

Ela também comentou a escolha do tema para a data neste ano – “juntos contra o tráfico” – “somente através de um trabalho conjunto, de fato, é possível responder ao desafio do tráfico, promover e reforçar o diálogo e a cooperação entre as partes interessadas e lutar contra quem explora o ‘sonho’ de milhares de pessoas que buscam melhorar as próprias condições de vida”, afirmou a religiosa.

Irmã Gabriela anunciou ainda a primeira Assembleia Geral da Rede, que será de 22 a 28 de setembro próximo, e reunirá mais de 90 irmãs, em todo o mundo, empenhadas na luta contra o tráfico de pessoas.

O vídeo do Papa

Também presente na coletiva de hoje, o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa,  Padre Frederic Fornos, falou aos jornalistas sobre o Vídeo do Papa nesse mês de fevereiro, em que o Pontífice pede oração justamente pelas vítimas do tráfico humano. (confira abaixo)

Ele enfatizou o empenho do Papa Francisco na luta contra esse flagelo, recordando as diversas ocasiões em que o Pontífice se pronunciou a respeito e teve iniciativas de oração pelas vítimas.

“Para Francisco, não são números, são nomes, rostos, histórias concretas, são nossos irmãos e irmãs na humanidade (…). Escutem as palavras fortes do Papa neste vídeo: ‘diante dessa realidade trágica, ninguém pode lavar as mãos se não quer ser, de certo modo, cúmplice deste crime contra a humanidade”.

O sacerdote pontuou ainda a importância de trabalhar em campanhas de difusão, em nível nacional e internacional, com relação ao tema, e nisso trabalha a Rede Mundial de Oração do Papa com o vídeo desse mês de fevereiro.

“Esta tragédia não pode ser ignorada, peçamos, por favor, para torná-la notável a todos. Todavia, denunciar a nossa cumplicidade não basta, por esse motivo é também uma intenção de oração do Papa: ‘Rezemos pelo acolhimento generoso das vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição forçada e da violência”.

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