Índia

Porta-voz classifica ataque aos cristãos como pior dos últimos anos

Em entrevista à Agência Fides, o porta-voz da Conferência Episcopal Indiana, Padre Babu Joseph, afirmou que a atual onde de violência é o "pior ataque sofrido pelas comunidades cristãs na Índia nos últimos anos".

O porta-voz explica que os extremistas procuraram atingir todos os fiéis, locais e símbolos cristãos, quase que para eliminar os vestígios do cristianismo da região. "É uma verdadeira tragédia, mas atualmente, a situação parece calma", disse o padre referindo-se à ampla presença de forças policiais que as autoridades disponibilizaram. Ele afirmou, ainda, que a Igreja está procurando fazer um primeiro balanço dos ataques.

"A área onde a violência começou ainda não foi aberta e não está acessível: podem permanecer ali apenas oficiais, pessoas do governo e forças de polícia. Mas testemunhas oculares falam de uma violência indescritível e injustificada. Em poucos dias foram destruídas milhares de casas, centenas de igrejas, todos os lugares em que havia uma cruz eram alvo. É evidente que não se tratou de um episódio isolado, mas sim de uma ação bem organizada e planejada, de outro modo não poderia alcançar tais dimensões", declarou.

Padre Babu afirmou que a Índia recebe solidariedade do governo e das autoridades máximas nacionais, mas confessa que está preocupado e comovido: "Os cristãos, vítimas dos ataques, que fugiram para florestas, hoje estão em campos de refugiados. Mas a maior parte deles não voltará aos vilarejos de origem. Mudarão para outros lugares para escapar da violência e salvar a vida".

Referindo-se à situação como uma "grave violação dos direitos humanos, da liberdade religiosa, do próprio direito à vida", o porta-voz pede uma mobilização internacional.

O Escritório de Comunicação da Conferência Episcopal da India divulgou a lista das vítimas, dos feridos e das destruições ocorridas na violência desencadeada em Orissa nos últimos dias. Padre Babu confirma que não há padres, religiosos ou religiosas católicas mortos, mas alguns deles foram gravemente feridos. Entretato, 26 mortos, dos quais ainda não é possível afirmar a confissão cristã, foram listados.

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