Dia Mundial contra o Tráfico Humano

Papa: tráfico humano é cruel, aberrante e criminoso

Papa Francisco falou sobre o fenômeno após o Angelus no Dia Mundial contra o Tráfico Humano

Da redação, com Rádio Vaticano

“Cruel, aberrante e criminoso”: o Papa Francisco não usou meias-palavras para condenar o tráfico de seres humanos no Dia Mundial promovido pelas Nações Unidas contra o fenômeno. Após rezar a oração do Angelus com os fiéis na Praça S. Pedro, o Papa Francisco lançou um apelo à comunidade internacional com essas palavras:

“Todos os anos, milhares de homens, mulheres e crianças são vítimas inocentes da exploração laboral e sexual e do tráfico de órgãos. Parece que todos nos acostumamos a isso. Mas é cruel, é criminoso. Desejo pedir o empenho de todos para que esta chaga aberrante, forma de escravidão moderna, seja adequadamente combatida. Rezemos juntos a Nossa Senhora para que ampare as vítimas do tráfico e converta os corações dos traficantes.”

Twitter

A data também foi lembrada na conta do Papa no Twitter, com a seguinte mensagem: “Conclamamos todas as pessoas de fé e de boa vontade a se comprometerem contra a escravidão moderna em todas as suas formas”.

Por ocasião deste Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, diversas organizações ligadas à Igreja divulgaram uma Declaração para pedir maior empenho das autoridades.

Condenações jurídicas irrisórias

“As pessoas estão sendo traficadas, internamente no país e além-fronteiras, para servidão doméstica, exploração sexual e laboral, mendicância, casamento forçado, remoção de órgãos, útero de aluguel e atos criminosos. Enquanto a estimativa do número de pessoas traficadas apresenta cifras de dezenas de milhões, as sentenças judiciais contra os traficantes de pessoas são, globalmente, menos de 10.000”, é o que se lê na declaração assinada, entre outros, por Talitha Kum, Serviço Jesuítas para Refugiados, a CLAR e a Cáritas Internacional.

Fechamento das fronteiras

O texto menciona de modo especial os migrantes e os refugiados como o grupo mais vulnerável à exploração, agravada pelo fechamento das fronteiras e pela falta de vias legais de migração.

Os signatários pedem aos governos que  ratifiquem  e garantam a implementação do Protocolo de Palermo (2000) e de outros acordos internacionais relevantes; garantam rotas migratórias para migrantes e refugiados, que permitam a passagem das fronteiras de maneira segura, legal e responsável, conforme compromisso assumido pelos países, na Agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 (2015) e na Declaração de Nova Iorque (2016).

A Declaração pede ainda a melhoria dos serviços de proteção e apoio aos sobreviventes do tráfico, em particular através da concessão da autorização para permanência e residência humanitária a longo prazo.

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