Papa recebe sudanesa condenada à morte por deixar o Islã

A jovem Meriam Yahia Ibrahim Ishag havia sido condenada à forca por professar a fé cristã

Da redação, com Avvenire

Meriam e o marido, Daniel Wani / Foto: Arquivo

Meriam e o marido, Daniel Wani / Foto: Arquivo

O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira, 24, na Casa Santa Marta, a jovem Meriam Yahia Ibrahim Ishag, sudanesa que havia sido condenada à forca por professar a fé cristã.

Meriam estava acompanhada do marido Daniel Wani e dos filhos, Martin de um ano e meio e Maya, de dois meses. Segundo o Vaticano, o encontro durou cerca de meia hora e desenvolveu-se em clima sereno e alegre.

O Papa agradeceu à jovem pelo corajoso testemunho e constância na fé. Meriam o agradeceu pelo grande sustento e conforto recebido pelas orações do Papa e tantas pessoas de fé.

A família foi levada ao Vaticano pelo vice-ministro para Relações Exteriores da Itália, Lapo Pistelli, que foi ao Sudão para realizar as negociações de libertação e auxiliar na viagem, bem como, nos processos de transferência para os Estados Unidos.

Segundo nota, ao receber Meriam, o Papa desejou manifestar também sua proximidade a todos aqueles que sofrem perseguições por sua fé, de modo particular os cristãos perseguidos pelas limitações impostas à liberdade religiosa.

Meriam Yeilah Ibrahim tem 27 anos, é médica e estava grávida de cinco meses quando foi presa com o filho de dois anos. Ela foi condenada pela Corte de Khartum por adultério, porque, segundo a Sharia, lei religiosa islâmica, o seu casamento com um homem cristão é considerado inválido. Além disso, a jovem foi condenada por apostasia e blasfêmia, ao torna-se cristã.

No último mês, após grande pressão internacional e intervenção diplomática de alguns países, a jovem foi libertada. Nesta semana, Meriam e a família conseguiu deixar o país com o auxílio da Itália.

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