Papa deixa Croácia pedindo que país mantenha raízes cristãs

No fim da tarde deste domingo, 5, Bento XVI concluiu uma visita de 33 horas à Croácia, em que manifestou a sua preocupação pela defesa da herança e da mensagem cristã na Europa, lembrando o exemplo de mártires como o beato Alojzije Stepinac (1898-1960).

“A oração junto do túmulo do Beato Cardeal Stepinac fez-nos recordar de modo especial todos aqueles que sofreram, e sofrem também hoje, por causa da sua fé no Evangelho”, disse Bento XVI diante de autoridades civis e religiosas.

Já no aeroporto internacional de Zagreb, se abateu uma forte chuva que, além de atrasar o retorno a Roma, fez com que o discurso do Pontífice não fosse proferido. O discurso destacaria os principais momentos da viagem, na qual o Papa quis “confirmar na fé em Jesus Cristo, único Salvador, a Igreja peregrina na Croácia”.

“Unânime e sentida foi, na manhã a participação na santa Missa por ocasião da Jornada Nacional das Famílias. O encontro de sábado, 4, no Teatro Nacional permitiu-me partilhar algumas reflexões com os representantes da sociedade civil e das comunidades religiosas”, elencou.

Sobre a vigília de oração, o Santo Padre disse que os jovens mostraram-lhe o rosto luminoso da Croácia, voltado para o futuro, iluminado por uma fé viva, como a chama de uma lâmpada preciosa, recebida dos pais e que requer ser guardada e alimentada ao longo do caminho”.

O Papa considerou “motivo de alegria constatar quão viva está ainda atualmente a antiga tradição cristã na Croácia.

“Esta vitalidade eclesial, que se há de manter e reforçar, não deixará de produzir os seus efeitos positivos na sociedade inteira, graças à colaboração , que espero sempre serena e profícua , entre a Igreja e as instituições públicas”, observou Bento XVI.

O Papa se despediu do país deixava votos de que “neste tempo, em que parecem faltar pontos firmes e fidedignos de referência, possam os cristãos, todos ‘juntos em Cristo’, pedra angular, continuar a ser como que a alma da nação, ajudando-a a desenvolver-se e a progredir”.

No primeiro dia da visita, o Papa tinha pedido que a história croata e a sua integração na União Europeia, seja “motivo de reflexão para todos os outros povos do Continente, ajudando cada um deles, e a União inteira, a conservar e reanimar o patrimônio comum inestimável de valores humanos e cristãos”.

Nesse mesmo dia, o Pontífice disse esperar que a Europa mantenha “a racionalidade e a liberdade abertas ao seu fundamento transcendente, para evitar que tais conquistas se autodestruam” como infelizmente é possível constatar em não poucos casos.

Já, durante a Missa dominical que decorreu no hipódromo de Zagreb, Bento XVI alertou sobre a necessidade de um combate católico diante da “secularização” da Europa.

“Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa, o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e a uma crescente desagregação da família”, alertou o Papa em sua homilia.

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