PANDEMIA

Moradores de Wuhan, epicentro da pandemia, dão as boas-vindas à OMS

Uma equipe de especialistas da OMS irá à capital da província da China central investigar a origem da pandemia

Da redação, com Reuters

OMS visitará Wuhan, epicentro da epidemia, ainda em janeiro / Foto: Reprodução Reuters

Os cidadãos de Wuhan neste sábado, 2, deram as boas-vindas à próxima visita da Organização Mundial da Saúde (OMS) para investigar o epicentro da pandemia do coronavírus, que infectou mais de 84 milhões de pessoas em todo o mundo.

Uma equipe de pesquisadores internacionais deve viajar à China em janeiro, segundo a OMS, mais de um ano depois que o primeiro grupo foi identificado com infecções por Covid-19 foi vinculado ao mercado de frutos do mar de Huanan, em Wuhan. A Reuters relatou anteriormente que uma equipe de 12 a 15 especialistas internacionais visitará Wuhan para examinar evidências, incluindo amostras humanas e animais coletadas por pesquisadores chineses para desenvolver seus estudos iniciais. Pequim se opôs veementemente aos apelos por um inquérito internacional sobre as origens do coronavírus, mas disse que está aberto a uma investigação liderada pela OMS.

Mas os residentes de Wuhan receberam bem a visita, dizendo que esperavam que ela ajudasse a esclarecer as origens da doença mortal.

“Muitos moradores de Wuhan agora pensam que o vírus não se originou aqui. Por exemplo, o vírus pode ter se espalhado de fora por meio de atividades militares. Pode não ter se originado em Wuhan. Então, acho que o governo deveria apoiar totalmente a investigação e trabalhar juntos com a OMS. É bom deixar claro de onde veio o vírus”, disse o estudante Richard Liu.

A China ainda restringe de todas as maneiras o acesso a locais como o mercado Huanan, que permanece vazio e trancado, embora a vida normal tenha sido retomada em grande parte de Wuhan e em toda a China. Pequim também divulgou uma narrativa de que o vírus já existia no exterior antes de ser encontrado em Wuhan e, ao contrário de outros países, cita embalagens de alimentos congelados como um risco de disseminação do Covid-19.

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