Ano Santo

Jubileu quer a conversão a partir dos homens de Igreja, diz Bispo

Dom Fisichella explicou que para Francisco a misericórdia não é uma palavra mas, um gesto concreto

Da Redação, com Rádio Vaticano

“O Jubileu não é como a Expo, cujo sucesso é calculado pelo número de presentes. É um evento espiritual para a renovação de toda a Igreja”.

A afirmação é do Arcebispo Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, órgão do Vaticano responsável pela organização das iniciativas que acontecerão durante o Ano Santo da Misericórdia.

“Este é o objetivo do Jubileu: a conversão das pessoas a partir dos homens de Igreja”, disse o arcebispo durante a apresentação do livro “O Jubileu do Papa Francisco”, do jornalista Antonio Preziosi, editado pela Newton Compton.

O arcebispo explicou que em cada diocese do mundo será aberta a Porta da Misericórdia, como fez o Papa em Bangui. “Aquela cidade martirizada foi, naquele momento, a capital espiritual do mundo. Uma indicação claríssima: para entendê-la basta a imagem de Francisco que empurra os umbrais da Porta Santa em Bangui, a capital de um país dilacerado pela guerra. Uma imagem que fala por si só”.

Papa durante abertura da Porta Santa em Bangui, 29 de novembro de 2015

Papa durante abertura da Porta Santa em Bangui, 29 de novembro de 2015

O tema da misericórdia é a base que rege todo o magistério do Papa Francisco, disse Dom Fisichella. “Para ele [Francisco] a misericórdia não é uma palavra, é um gesto concreto”.

Para tanto, durante o Jubileu, em uma sexta-feira de cada mês, o Papa fará sinais que repassam as obras de misericórdia. “O primeiro gesto será a abertura da Porta da Caridade no albergue Luidi di Liegro, em uma sexta-feira do mês de dezembro”.

O arcebispo explicou que a Igreja vive uma “dinâmica impressionante”. Muitos bispos dedicaram suas cartas apostólicas ao Jubileu; a Porta Santa em Istambul, na Catedral do Espírito Santo, mesmo com poucos cristãos, também será aberta.

“Mesmo onde existem 150 ou 200 fieis em todo o país será celebrado o Jubileu”. Isto porque “a Igreja é universal, como diz o próprio nome ‘católica’. Uma Igreja com as portas abertas, que as escancara não somente para que se possa entrar, mas também para que se possa sair e evangelizar e levar o anúncio do Evangelho ao mundo de hoje”.

Abertura da Porta Santa em Roma

Para a abertura da Porta Santa na manhã de 8 de dezembro são esperadas entre 40 e 50 mil pessoas na Praça São Pedro. O arcebispo disse que não se angustia pelos números e que será criado um caminho exclusivo para os fieis, que em procissão, chegarão a Praça São Pedro a partir do Castelo Santo Ângelo.

“Não pedimos para calçar para não mexer muito com a vida da cidade. Antes pelo contrário, ofereceremos um testemunho aos automobilistas que pode provocar, ou seja, o das pessoas que atravessam o coração da cidade para rezar”, concluiu Dom Rino Fisichella.

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