Seis anos de conflitos

Guerra na Síria completa 6 anos; núncio pede esperança

É preciso parar o horror e manter viva a esperança, diz Dom Mario Zenari frente aos seis anos de guerra na Síria

Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

Hospital do MSF, na Sìria, destruído após ataque em fevereiro de 2016o / Foto: MSF

Hospital do Médicos Sem Fronteiras, na Síria, destruído após ataque em fevereiro de 2016 / Foto: MSF

A guerra na Síria completa nesta quarta-feira, 15, seis anos. Nessa mesma data, em 2011, começavam as manifestações contra o regime do presidente Bashar al-Assad, o que deu início à onda de conflitos que já causou centenas de mortes e milhões de refugiados.

Com seis anos de guerra, a ONU definiu o conflito sírio como o pior desastre causado pelo homem deste a Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, no Casaquistão, está em andamento a terceira rodada de negociações organizadas pela Rússia, para a qual são convidados, entre outros, membros da oposição e do governo de Damasco.

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“Este sofrimento, tudo isso que aconteceu nestes seis anos, comparo a uma onda, quase um tsunami de violência, de atrocidade que se derramou sobre a população civil. Para mim, que vivi o Tsunami no Sri Lanka, reportarei esta imagem aqui na Síria”, afirma o núncio apostólico na Síria, Cardeal Mario Zenari.

O cardeal relata que o sofrimento da população é indescritível, sobretudo quando se olha para os mais frágeis, como crianças e mulheres. A destruição não é somente dos palácios, mas de almas, do psicológico das crianças, das famílias. “Os homens ou estão mortos ou estão na guerra e o peso da família ficou para as mulheres e crianças, não desfrutam mais da alegria familiar, da proteção familiar”, conta.

Diante desse cenário de dor e destruição, Dom Zenari diz que é preciso alimentar e manter forte a esperança. Os encontros de Genebra foram retomados e o povo está entre a esperança e o ceticismo depois de tantos encontros que nada produziram. Mesmo assim, é preciso ter viva a esperança.

“Ao menos rezemos e desejemos que 2017 possa ser o ano da mudança. Isso não quer dizer que em duas semanas possa estar tudo resolvido, mas ao menos conseguir parar essa descida para o horror e procurar sair deste abismo em que caiu a Síria. E com a ajuda da comunidade internacional desejamos que se possa ver uma mudança rumo à reconciliação, à paz, à reconstrução”.

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