15 de junho

Fátima: última aparição na Cova da Iria completa 100 anos

Sétima aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria foi dirigida a Lúcia, a única vidente viva em 1921

Da redação, com Santuário de Fátima

Fátima

Irmã Lúcia, vidente de Nossa Senhora de Fátima. /Foto: Arquivo do Santuário de Fátima

Nesta terça-feira, 15, a última aparição de Nossa Senhora de Fátima na Cova da Iria completa 100 anos. 

Em 15 de junho de 1921, Maria apareceu para Lúcia, única vidente viva na ocasião, que visitava a Cova da Iria, com o intuito de se despedir do local. Lúcia havia aceitado a proposta do bispo para ir para o Porto, visto que os visitantes não lhe davam sossego. Porém, sofria por se despedir dos locais e das pessoas que lhe eram importantes.  

“A alegria que senti ao despedir-me do Senhor Bispo durou pouco tempo. Lembrava-me dos meus familiares, da casa paterna, da Cova da Iria, Cabeço, Valinhos, do poço… E, agora, deixar tudo, assim de uma vez para sempre? Para ir não sei bem para onde? Disse ao Sr. Bispo que sim, mas agora vou dizer-lhe que me arrependi e que para aí não quero ir”, conta a religiosa no seu Diário.

A aparição

Ao chegar ao local, Lúcia teve uma visão de Nossa Senhora, como descreve na intimidade do seu diário, anos mais tarde: “Assim solícita, mais uma vez desceste à terra, e foi então que senti a Tua mão amiga e maternal tocar-me no ombro; levantei o olhar e vi-Te, eras Tu, a Mãe bendita a dar-me a mão e a indicar-me o caminho; os Teus lábios descerraram-se e o doce timbre da tua voz restituiu a luz e a paz à minha alma.”

Nossa Senhora disse então à Lúcia: 

“Aqui estou pela sétima vez, vai, segue o caminho por onde o Senhor Bispo te quiser levar, essa é a vontade de Deus. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. 

Cem anos depois, comemora-se a aparição que norteou a história vocacional da jovem, a partir dali. Menos conhecida do que as restantes, não só as ocorridas na Cova da Iria e testemunhadas pelos primos Francisco e Jacinta Marto, mas também as ocorridas na Espanha, esta aparição assume, por isso, um caráter mais místico e molda o caminho de santidade da vidente de Fátima, que viveu sempre longe da Cova da Iria daí em diante.

Vida religiosa

No dia seguinte à aparição, Lúcia sai de Aljustrel, a caminho do Asilo de Vilar, no Porto, onde é admitida em 17 de junho à guarda das religiosas de Santa Doroteia, tomando o nome de Maria das Dores. 

Professou como religiosa doroteia em 1928, em Tui (Galiza, Espanha), onde viveu alguns anos. Pouco tempo depois morou em Pontevedra, Galiza, onde também lhe apareceu a Virgem, em 1925, em Pontevedra.

Lúcia viveu ainda três aparições de Nossa Senhora, que integram o denominado ciclo cordimariano, entre 1925 e 1929: a Aparição de Nossa Senhora, a Aparição do Menino Jesus e a Aparição da Santíssima Trindade e de Nossa Senhora.

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