Perseguição religiosa

Dois sacerdotes e um catequista são presos na Índia

Religiosos e catequista são acusados de forçar moradores de uma aldeia a se converterem. População católica manifesta repúdio à ação do estado e classifica como intolerância

Da redação, com Agência Fides

A polícia do estado de Jharkhand, no leste da Índia, prendeu dois sacerdotes e um catequista, acusados de terem obrigado um grupo de pessoas de uma aldeia local a se converterem à fé católica.

Conforme relatado à Agência Fides, pelo vigário geral da diocese de Bhagalpur, padre N. M. Thomas, a polícia prendeu os sacerdotes Arun Vincent e Benoy John e o catequista Munna Hansda da missão de Rajdaha, no último sábado, 6. Eles foram acusados de terem realizado “conversões forçadas” ao cristianismo na aldeia de Deodar e também de “ocupação ilegal de terras”.

A polícia libertou posteriormente o padre Vincent, enquanto padre John e a catequista aguardam a libertação. Segundo o padre Thomas, essas prisões são “abusos contra padres e cristãos e casos de intimidação, politicamente motivados, para obscurecer o trabalho de missionários com os pobres, marginalizados e sofredores”.

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Segundo o morador católico da aldeia, Augustine Hembrom, a ação da polícia é totalmente arbitrária. “É sabido que nós, católicos, acreditamos na liberdade de consciência e nunca forçaríamos alguém a mudar de fé. As autoridades governamentais estão cientes disso. Portanto, as prisões são certamente instrumentais e pretendem atingir os cristãos”, destacou.

Falando sobre o incidente, o integrante de um grupo pelos direitos humanos, John Dayal, afirmou que a situação é motivo de profunda preocupação. “Há um estado patrocinado pelo governo federal, que age contra minorias religiosas, por um lado, afetam os muçulmanos e, por outro, clérigos cristãos e instituições educacionais”.

“O fato mais preocupante é a tentativa de dividir as pessoas de acordo com a religião. Somos todos cidadãos indianos. Essa política de divisão deve ser derrotada para que a paz e a unidade sejam mantidas e a democracia e o desenvolvimento fortalecidos “, concluiu Dayal.

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