CLIMA EM PAUTA

Discussões climáticas dão a tônica em discurso inaugural da COP27

A pauta do encontro ainda debate se países ricos devem compensar os mais pobres por conta dos danos causados pelas mudanças climáticas

Da redação, com Reuters

Sameh Shoukry, presidente da COP26 / Foto: Reprodução Reuters

Os delegados da cúpula climática da ONU COP27, realizada no Egito, concordaram neste domingo, 6, discutir se as nações ricas devem compensar os países pobres e vulneráveis por conta dos danos e sofrimentos causados pelas mudanças climáticas.

“Isso cria, pela primeira vez, um espaço institucionalmente estável na agenda formal da COP e do Acordo de Paris para discutir a questão premente dos arranjos de financiamento necessários para lidar com as lacunas existentes, respondendo a perdas e danos”, disse o presidente da COP27, Sameh Shoukry, na abertura do evento.

O item foi adotado na agenda em Sharm el-Sheikh, no Egito, quando os líderes mundiais chegaram para as negociações programadas para ocorrer até 18 de novembro.

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Espera-se que grande parte da tensão na COP27 esteja relacionada a perdas e danos — fundos fornecidos por nações ricas a países vulneráveis de baixa renda que têm pouca responsabilidade pelas emissões do aquecimento climático.

Na COP26 do ano passado em Glasgow, na Escócia, os países de alta renda bloquearam uma proposta de um órgão de financiamento de perdas e danos, apoiando um novo diálogo de três anos para discussões de financiamento.

As discussões sobre perdas e danos agora na agenda da COP27 não envolverão responsabilidade ou compensação vinculante, mas pretendem levar a uma decisão conclusiva “o mais tardar em 2024”, assegurou Shoukry.

“A inclusão desta agenda reflete um sentimento de solidariedade para com as vítimas dos desastres climáticos”, acrescentou.

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