Europa

Caritas apresenta relatório sobre direitos dos migrantes e refugiados

Relatório da Instituição na Europa trata também do impacto das políticas da UE no acesso à proteção dos migrantes e refugiados

Da redação, com Agência Ecclesia

A Caritas Europa vai apresentar nesta quinta-feira, 17, um novo relatório, intitulado ‘Os migrantes e refugiados têm direitos! Impacto das políticas da UE (União Europeia) no acesso à proteção’, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

A Cáritas Europa divulgou a apresentação do relatório em sua página no Facebook e alertou que a “impossibilidade” de migrantes entrarem na Europa coloca-os “regularmente em risco de violações dos direitos humanos e alimenta as empresas de contrabandistas”.

Segundo a instituição, o quadro jurídico da UE em matéria de migração laboral “é insuficiente” e a ausência de legislação europeia para os migrantes “pouco qualificados deixa uma lacuna enorme”.

“A Europa se beneficia atualmente com a migração. Os trabalhadores estrangeiros representam hoje 10% a 15% da força de trabalho dos Estados-Membros. A migração é cada vez mais importante para que a Europa continue a enfrentar os desafios demográficos”, desenvolve a organização.

A Cáritas Europa, que trabalha a partir das realidades nacionais, contabiliza que ao longo dos próximos 10-15 anos, a Alemanha vai perder “cinco milhões de membros de sua força de trabalho e a Itália três milhões”.

O relatório denuncia que o direito ao reagrupamento familiar “não é respeitado” porque os Estados-Membros europeus o têm “restringido, ao impor critérios mais rigorosos para os candidatos cumprirem”.

“As mulheres migrantes sofrem, muitas vezes, tripla discriminação do que as outras mulheres, como os trabalhadores desprotegidos e os migrantes”, refere a Cáritas Europa, informando que mulheres e meninas representam “quase 52% dos migrantes na Europa”.

A Cáritas Europa sublinha também que “exportar armas e fazer negócio” traz responsabilidades à Europa em relação à situação da migração atual.

Por sua vez, a Cáritas Portuguesa explica que o novo relatório é uma “resposta fundamentada” à tragédia “da guerra, repressão e violação dos direitos humanos” enfrentada por centenas de milhares de mulheres, homens e crianças que procuram refúgio na Europa e “encontram uma negação de proteção e rejeição de solidariedade”.

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