Tensão

Ataque dos EUA mata principal general iraniano

Bombardeio aconteceu no aeroporto de Bagdá; Pentágono disse que ataque foi ordenado por Trump

Da redação, com Agências

Carro em que Soleimani estava foi atingido no aeroporto de Bagdá./ Foto:
Reprodução Reuters

Um ataque aéreo dos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, nesta quinta-feira, 2, matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, um dos homens mais poderosos do país. Além de Soleimani, outras cinco mortes foram confirmadas.

O Pentágono confirmou o bombardeio e disse que a ordem partiu do presidente Donald Trump. Em nota, o órgão culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo foi deter planos de futuros ataques iranianos.

Donald Trump, que estava na Flórida no momento do ataque, postou uma bandeira americana em uma rede social, mas não falou sobre o episódio.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse, nesta sexta-feira, 3, que a morte de Qassem Soleimani irá dobrar a motivação da resistência contra os EUA e Israel.

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que, agora, o país estará mais determinado a resistir aos EUA e prevê retaliação.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmou também em uma rede social que a morte de Soleimani é um “ato de terrorismo” dos EUA “extremamente perigoso e uma escalada tola”.

Qassem Soleimani tinha 62 anos e era um alto líder das forças militares iranianas e um herói nacional. Ele chefiava a Guarda Revolucionária, uma força paramilitar de elite que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país há 30 anos.

Nota do Pentágono

“Sob a direção do presidente, os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o efetivo dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica Corps-Quds Force, considerada pelos EUA uma organização terrorista estrangeira.

O general Soleimani estava ativamente desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região.

O general Soleimani e sua força Quds foram responsáveis pela morte de centenas de americanos e membros da coalizão e por ferir outros milhares.

Ele orquestrou ataques às bases da coalizão no Iraque nos últimos meses – incluindo o ataque de 27 de dezembro – matando e ferindo efetivos americanos e iraquianos.

O general Soleimani também aprovou os ataques à embaixada dos EUA, em Bagdá, que ocorreram nesta semana.

Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses onde quer que estejam ao redor do mundo.”

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