Coletiva de imprensa

Vaticano apresenta orientações pastorais para a JMJ diocesana

Documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida foi apresentado nesta terça-feira, 18, em coletiva de imprensa

Da redação

Será que o jovem tem espaço dentro da Igreja (2)

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O Vaticano apresentou nesta terça-feira, 18, orientações pastorais para a Jornada Mundial da Juventude diocesana. O evento acontece este ano nas Igrejas particulares.

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O documento é do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. Ele foi divulgado em uma coletiva de imprensa organizada pela Santa Sé.

“Um subsídio que apresenta as motivações ideais e possíveis implementações práticas para que a JMJ diocesana/eparquial se torne uma ocasião para fazer emergir o potencial de bem, a generosidade, a sede de valores autênticos e de grandes ideais que cada jovem carrega dentro de si.” Este é o objetivo do texto vaticano.

O conteúdo é dirigido às Conferências Episcopais e aos Sínodos das Igrejas Patriarcais e Arquiepiscopais Maiores. Também são destinatários as dioceses/eparquias, movimentos, associações e os jovens de todo mundo.

Coletiva de imprensa

Durante a coletiva de imprensa, o secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida do Vaticano, padre Alexandre Awi Mello, comentou sobre o valor do evento e sobre as orientações.

Primeiro, o sacerdote afirmou que a JMJ é uma fonte de graça para muitos jovens, para a pastoral da juventude e para toda a Igreja. “Quantas conversões, quantas vocações nascidas durante as JMJ!”, sublinhou. “O Papa Francisco definiu-as como um impulso missionário de uma força extraordinária para toda a Igreja, e, em particular, para as jovens gerações”.

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Ao falar sobre o documento, padre Alexandre destacou que ele reúne elementos essenciais que tornaram fecundo estes encontros ao longo dos anos. 

“Sabe-se, porém, que um grande número de jovens, por uma razão ou por outra, não pode participar nos eventos internacionais. Por conta disto, através destas Orientações pastorais, queremos fazer com que todos os jovens tenham parte neste rico patrimônio”, pontuou.

Comentando sobre as orientações

O responsável do Setor Juventude do Dicastério, padre João Chagas, apresentou em linhas gerais o documento. Ele comentou sobre os seis capítulos das orientações para a JMJ diocesana.

O primeiro é um relatório do que representaram as JMJ nestes últimos 35 anos. O segundo concentra-se na importância da celebração da JMJ diocesena.

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O terceiro capítulo comenta a escolha da nova data da celebração da JMJ diocesana. O quarto reúne aspectos importantes das edições internacionais da JMJ.

O quinto capítulo centra-se no protagonismo juvenil. Enquanto o último ressalta a importância da mensagem anual do Papa Francisco para a JMJ.

Jovens comentam documento

Os jovens Dorota Abdelmoula, Maria Lisa Abu Nassar e Gelson Fernando Augusto Dinis foram convidados para comentarem o que chamou a atenção deles na leitura do documento.

Dorota frisou o protagonismo jovem, o envolvimento dos Papas no evento e o voto de confiança que a Igreja dá aos jovens.

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Maria Lisa comentou sobre a beleza da Igreja e sua experiência na JMJ de Cracóvia em 2016. A jovem, natural do Oriente Médio, comentou sobre os muitos conflitos de sua terra. Ela reforçou que, assim como ela, muitos jovens encontram na JMJ uma oportunidade para encontrar Jesus.

Gelson contou que o que mais chamou sua atenção foi perceber o papel da Igreja como mediadora do encontro dos jovens com Deus. O jovem afirmou também que a JMJ é um espaço vocacional que serve de estímulo para o discernimento dos jovens.

Solenidade de Cristo Rei

As dioceses são convidadas a celebrar a JMJ na Solenidade de Cristo Rei. Anteriormente, a jornada acontecia no Domingo de Ramos. A mudança aconteceu em 2020.

“De fato, é desejo do Santo Padre que, neste dia, toda a Igreja coloque os jovens no centro de sua atenção pastoral, reze por eles, faça gestos que tornem os jovens protagonistas e promova campanhas de comunicação”, lê-se no documento.

As celebrações internacionais do evento são geralmente realizadas a cada três anos com a participação do Papa.

Já a celebração ordinária da Jornada ocorre a cada ano nas Igrejas particulares, que se encarregam de organizar tal evento.

Missão com os jovens, uma prioridade

A JMJ diocesana é um compromisso que tem “grande significado e valor não só para os jovens que vivem naquela determinada região, mas para toda a comunidade eclesial local”.

As orientações pastorais têm o objetivo de encorajar as Igrejas particulares a valorizar cada vez mais a celebração diocesana da JMJ. O desejo é que ela seja considerada uma oportunidade para planejar e realizar iniciativas que valorizem a missão dos jovens.

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As ações da juventude são consideradas pela Igreja uma prioridade. Por isso, o Papa deseja investir tempo, energia e recursos nelas.

Experiência eclesial e missionária

O documento indica os pontos-chaves da JMJ para que o evento seja uma “festa da fé”. O desejo é que seja uma “experiência eclesial e missionária, uma ocasião de discernimento vocacional e um chamado à santidade”.

Além disso, a Jornada da Juventude deverá ser uma experiência de peregrinação e fraternidade universal.

“A celebração da JMJ oferece aos jovens uma experiência viva e alegre de fé e de comunhão, um espaço para experimentar a beleza do rosto do Senhor”, lê-se nas orientações.

Segundo o Vaticano, é importante que a celebração se torne uma ocasião para que os jovens possam fazer experiência de comunhão eclesial e crescerem na consciência de serem parte integrante da Igreja.

O documento pontua que “a primeira forma de envolver os jovens deve ser a escuta”.

Convidados especiais

A JMJ diocesana/eparquial pode ser uma bela ocasião para destacar a riqueza da Igreja local, evitando que os jovens menos presentes e menos ativos nas estruturas pastorais já consolidadas se sintam excluídos, observa o documento.

“Todos devem se sentir convidados especiais, todos devem se sentir esperados e bem-vindos, em sua singularidade irrepetível e riqueza humana e espiritual”, consta nas orientações.

Portanto, o evento diocesano/eparquial pode ser uma ocasião propícia para estimular e acolher todos aqueles jovens que talvez procuram o seu lugar na Igreja e que ainda não o encontraram.

O documento conclui salientando que a JMJ diocesana é sem dúvida uma etapa importante na vida de cada Igreja particular. Ela proporciona um momento privilegiado de encontro com as novas gerações. Além de ser um instrumento de evangelização do mundo dos jovens e de diálogo com eles.

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