28 de novembro

Tempo do Advento começa neste sábado para cristãos na Terra Santa

Entrada solene de Frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, em Belém, acontece neste sábado, 28, véspera do Advento

Da redação, com Vatican News

Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton, durante entrada em Belém, em 2019, com a relíquia da madeira que fez parte da manjedoura de Jesus/ Foto: Mussa Qawasma – Reuters

Será um Natal sem peregrinos na Terra Santa, ninguém tem ilusões disso, porque o coronavírus interrompeu o que nem mesmo o conflito tinha conseguido parar completamente. Belém e toda a Palestina estão vivendo um momento, além de emergência sanitária, de grave crise econômica, ligada à falta do turismo e das peregrinações. Belém, já ferida pela ocupação israelense, está vazia de visitantes, com lojas que vendem souvenirs e artigos religiosos que estão paradas e a economia totalmente em falência.

O desafio agora, porém, é garantir que as celebrações de Natal possam ocorrer em total conformidade com as regras e restrições impostas pela pandemia. A prova geral será neste sábado, 28, véspera do Advento, com a entrada solene em Belém de Frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa.

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“É sempre uma entrada muito solene, com a comunidade de Belém que acolhe: fazemos um pequeno trecho a pé para chegar até a Basílica (da Natividade) para saudar as autoridades e, depois, iniciar, de forma solene, a celebração do Tempo do Advento. Também acendemos a primeira vela, indo busca-la na gruta da Natividade. Portanto, é algo particularmente solene para nós. Será também um teste para o Natal, pois não há peregrinos, mas tem a comunidade cristã local”, contou o frei.

A paróquia de Belém é uma paróquia bastante grande, conta com cerca de 5 mil fiéis latinos, além de cristãos de outras Igrejas, sublinha Patton. Nestas ocasiões, o Custódio da Terra Santa revela ser fácil ver alguns dos cristãos participando, pois o clima, em geral, na Terra Santa, também é bastante ecumênico, no sentido de que a maioria se sente cristão antes de qualquer outra coisa.

“Veremos o que se consegue fazer, porque em Israel ainda existem restrições ligadas ao número de pessoas que podem participar das celebrações internamente ou a céu aberto, enquanto na Palestina, de fato, não existem mais restrições – isto não significa que não exista o vírus – e deveríamos também tentar fazer de tudo para ajudar as pessoas a evitar que um dia de celebração se torne a causa, depois, também de lágrimas”.

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De acordo com Patton, haverá um momento muito importante no início de dezembro, nos dias 4 e 5: a entrada solene do novo Patriarca, Dom Pierbattista Pizzaballa. Essa entrada solene será em Jerusalém e será a primeira entrada de Dom Pizzaballa como Patriarca no Santo Sepulcro. O frei descreve a celebração como muito bonita e significativa.

No dia seguinte, o novo Patriarca irá celebrar a Missa no Santo Sepulcro e, depois, também fará a sua entrada solene (em Belém), na véspera de Natal, no dia 24, quando celebrará a missa da meia-noite na Igreja de Santa Catarina. “Lá também, ainda temos que ver como iremos fazer. Por isso dizia que a celebração deste sábado também será um teste para ver o que pode e o que não pode ser feito, o que é apropriado e o que não é. Tentamos pedir às pessoas que respeitem pelo menos as normas básicas, como usar a máscara e o desinfetante para as mãos, manter um pouco de distância. Mas tudo precisamos ver como será”, concluiu.

 

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