Encontro com jornalistas

Bispos atendem imprensa na primeira coletiva do Sínodo para a Amazônia

Na primeira coletiva realizada nesta segunda-feira, 7, bispos e uma religiosa comentaram importância do Sínodo

Da redação

Da esquerda para a direita: Irmã Alba, Dom Emmanuel Lafont, Dom David Martínez, Cristiane Murray, padre Giacomo Costa e Paolo Ruffini/ Foto: Reprodução – Vatican Media

Com o início dos trabalhos sinodais, foi realizada nesta segunda-feira, 7, a primeira coletiva de imprensa do Sínodo para a Amazônia. Atenderam os jornalistas o bispo de Puerto Maldonado (Peru), Dom David Martínez, o bispo de Cayenne (Guiana Francesa), Dom Emmanuel Lafont, a religiosa das Irmãs Missionárias de Maria Imaculada e das Irmãs Catarina de Siena (Colômbia), Irmã Alba Teresa Cediel Castillo, o prefeito do departamento de comunicação do Vaticano, Paolo Ruffini, o secretário da Comissão de Informação do Sínodo, padre Giacomo Costa e a vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, Cristiane Murray.

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Em pauta, o primeiro dia de trabalho dos padres sinodais na Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica. Paolo Ruffini reafirmou a necessidade de proteger o espaço do Sínodo de deturpações. Padre Giacomo Costa reforçou a importância da imprensa se informar de forma segura sobre os temas discutidos durante o Sínodo para que não haja, como citou o Papa em sua saudação inicial, um “Sínodo dentro” e um “Sínodo fora” do Vaticano. O sacerdote pediu a unificação da comunicação da Igreja e da sociedade.

Dom David Martínez falou sobre a experiência de estar no Vaticano e participar do Sínodo. O bispo recordou também a iniciativa do Papa de ir ao encontro dos indígenas, falar sobre a importância dos biomas, e dar voz aos povos para que se comunicassem com o mundo. Dom David afirmou que sua experiência missionária o fez olhar os indígenas a partir de uma nova perspectiva; comentou também como é participar dessa assembleia. “É emocionante fazer parte deste evento, um evento em que o Papa colocou a Amazônia no coração da Igreja, no centro de um diálogo”.

Irmã Alba Teresa reafirmou sua alegria de estar em Roma representando a mulher índia, religiosa, camponesa, africana e que vive nas grandes áreas urbanas. “Como mulher me sinto extremamente feliz e carrego um agradecimento profundo a Deus Pai por me dar esse privilégio de compartir com os senhores bispos e com o Papa a realidade que vivo”. A religiosa citou Santa Laura Montoya, que fundou, em 1914, na Amazônia, a Congregação das Irmãs Missionárias de Maria Imaculada e Santa Catarina de Siena.

Dom Emmanuel Lafont comentou a realidade dos indígenas na Guiana Francesa. Ele citou o aumento de casos de suicídio entre os indígenas do país e frisou a necessidade da presença da Igreja nestes locais. “É difícil para um sacerdote aprender um idioma falado por 900, 700 pessoas, mas levar a Boa Nova para as pessoas sem falar a língua deles é muito difícil. Portanto, temos grandes expectativas para este Sínodo”, revelou.

Após as apresentações, os bispos, religiosos e os membros da Comissão de Informação do Sínodo responderam a questionamentos dos jornalistas presentes na coletiva de imprensa.  Os padres sinodais também reforçaram a fala do Papa sobre o documento de trabalho – o Santo Padre o qualificou como “mártir”, destinado a ser destruído, por ser o ponto de partida do Sínodo.

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