Assembleia Geral

Santa Sé à OEA: construir juntos uma sociedade mais justa e equitativa

Na 51ª Assembleia Geral da OEA, o observador permanente da Santa Sé junto ao órgão destaca como, após a pandemia, será fundamental uma abordagem multilateral das emergências globais

Da redação, com Vatican News

/ Foto: Andreas Duren – CNA

“Por uma América renovada” é o tema escolhido para a 51ª sessão ordinária da Assembleia Geral da OEA, a Organização dos Estados Americanos, realizada de forma virtual sob a presidência da Guatemala. A instituição, que surgiu em 1951, compreende os 35 estados independentes das Américas. Setenta países e organizações estrangeiras, incluindo a Santa Sé, participam das atividades da OEA como observadores permanentes.

Em seu pronunciamento à Assembleia Geral, na quarta-feira, 10, o observador permanente da Santa Sé junto à OEA, monsenhor Juan Antonio Cruz Serrano, reconheceu que o continente americano “olha para um futuro promissor, buscando o bem comum e a promoção da dignidade da pessoa”.

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Segundo monsenhor Cruz Serrano, os povos originais, europeus, afrodescendentes, novos migrantes e aqueles que fizeram desta terra sua casa representam “a riqueza deste continente”. Retomando as palavras do Papa Francisco em sua mensagem em vídeo para a Vigília de Pentecostes em maio de 2020, o observador da Santa Sé disse:

“Quando sairmos desta pandemia, não poderemos continuar a fazer o que estávamos fazendo, e como estávamos fazendo. Tudo será diferente. Todo o sofrimento será em vão se não construirmos todos juntos uma sociedade mais justa e equitativa. Se não trabalharmos para pôr fim à pandemia da pobreza no mundo, em nosso país, na cidade onde vivemos, este tempo terá sido em vão.”

Por uma cultura de encontro

Para monsenhor Cruz Serrano, o diálogo, o multilateralismo e o fortalecimento das relações são os instrumentos que, sobretudo após a emergência da Covid, a América deve usar para construir pontes entre si, especialmente para com os mais necessitados e excluídos, e se concentrar na defesa e proteção dos direitos de todos.

“A democracia é um bem que serve para construir justiça.” É aquela “cultura do encontro”, solicitada pelo Papa Francisco em sua Carta Encíclica Fratelli tutti, na qual “as diferenças convivem integrando-se, enriquecendo-se e iluminando-se mutuamente”.

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Precisamente por este motivo, afirmou monsenhor Cruz Serrano, “há necessidade de uma ordem jurídica, política e econômica mundial que ajude a colaboração internacional a continuar avançando no desenvolvimento solidário de todos os povos”.

Por fim, o representante vaticano fez votos de que no continente americano se difundam o valor da vida, da família, da dignidade de cada pessoa – como imagem de Deus -, a igualdade de direitos das mulheres, das crianças, dos migrantes, daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade, assim como o respeito à liberdade religiosa, sem esquecer o cuidado da casa comum da parte de todos.

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