Expectativa

Papa encontrará uma Igreja viva no Iraque, afirma arcebispo sírio

Dom Samaan comenta preparativos para a recepção do Papa no Iraque; arcebispo fala sobre comunidade cristã no país

Da redação, com Vatican News

O Papa Francisco encontrará uma Igreja viva no Iraque. É o que afirmou o arcebispo Nathanael Nizar Samaan, à frente da Diocese de Hadiab, no Curdistão iraquiano. Segundo o presbítero, a comunidade cristã do Iraque é pobre, pequena e sem poder político. “Mas certamente é uma Igreja viva”, complementou.

Dom Samaan afirma que o grupo de cristãos no país está conservado na fé e enriquecido pelo testemunho daqueles que passaram por perseguições. O arcebispo frisou que a visita é esperada. É “como um sinal de que o Papa e a Igreja universal nos querem bem e que aqui há um futuro também para nós”.

Fé, esperança e caridade

As palavras do arcebispo, que é natural de Qaraqosh, não são marcadas por queixas e recriminações. Elas ressoam fé, esperança e caridade.

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“Nós, cristãos iraquianos, não temos nenhuma ‘agenda’ própria para promover, aproveitando a visita papal. Quando vês que o próprio Papa vem a nós, é um sinal inequívoco de que não estamos sós. A Igreja nos quer bem e isso nos basta”.

Redescobrir comunidades vivas

O presbítero retornou ao Iraque em 2019, após anos de serviço pastoral nas comunidades católicas sírias na Europa. O bispo sublinhou que é um dom precioso, para os católicos iraquianos, seguir em frente.

“Será bonito poder redescobrir pelas ‘lentes’ da visita papal, que aqui existem comunidades vivas”, reforçou o arcebispo. Para Dom Samaan, os católicos iraquianos têm todo o desejo de permanecer no país, de não se isolar e de viver em fraternidade com os iraquianos de outras religiões.  

Missa com o Papa

O bispo envolvido na organização da Liturgia Eucarística que o Papa presidirá no domingo, 7 de março, no Estádio de Erbil. “Será o único evento no programa da visita papal com multidões”, comentou.

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Em todas as outras etapas do programa, inclusive em Bagdá e em Qaraqosh, o acesso será limitado. No Estádio Franso Hariri, em Erbil, pelo menos 10 mil pessoas poderão participar da Missa.

O estádio tem capacidade para 30 mil pessoas. Infelizmente, com a pandemia Covid-19 o acesso foi limitado. Pelo menos metade dos presentes – contou o bispo– “virá de lugares do Curdistão iraquiano.

O restante dos ingressos foi distribuído entre as dioceses de todo o país. A liturgia será celebrada em rito latino, e também será pontuada por cantos em árabe e aramaico.

União ecumênica

A preparação da visita papal também passou por uma intensa colaboração inter-ritual e ecumênica entre as várias comunidades cristãs. “Preparando juntos os vários momentos da visita papal experimentamos a comunhão entre nós”, afirmou Dom Samaan.

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“Deixamos de lado fechamentos e sectarismos, atestando diante de todos que, como cristãos iraquianos, compartilhamos a mesma missão de proclamar o Evangelho de Cristo em nossas terras. Desta comunhão, floresceu também a abertura aos nossos irmãos muçulmanos, que também esperam pelo Papa Francisco com grande expectativa. Também eles querem dizer ao Papa Francisco: ‘és bem-vindo’, e acolhê-lo como irmão”.

Agência Fides – GV

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