3 de outubro

Padre comenta expectativa para chegada do Papa em Assis

Francisco ama voltar a este lugar para relançar temas que lhe são caros, afirma padre Mauro Gambetti, Custódio do Sagrado Convento de Assis

Da redação

O Papa Francisco visitará a cidade de Assis, na tarde deste sábado, 3, pela quarta vez. O Pontífice, que escolheu o nome do santo da Úmbria, voltará a Assis, encruzilhada milenar de peregrinos, onde as iniciativas de promoção da paz e amizade entre os povos são periódicas há décadas.

Uma visita no tempo da pandemia

À sua chegada, prevista para as 14h40, no Sagrado Convento, além da saudação do bispo da cidade da Úmbria, Dom Domenico Sorrentino, também haverá a saudação do cardeal Agostino Vallini, legado pontifício para as basílicas de São Francisco e Santa Maria dos Anjos, em Assis.

No respeito das normas para evitar a difusão do coronavírus, cerca de vinte frades participarão da celebração eucarística na cripta da Basílica, sem outros fiéis. A liturgia será a da festa de São Francisco. Em seu túmulo, no final da missa, haverá a assinatura da encíclica “Fratelli tutti”. Está previsto no claustro o encontro com a comunidade franciscana conventual e depois o retorno do pontífice ao Vaticano.

O convite a um horizonte inclusivo nas relações

“Os nossos corações estão cheios de alegria. Estamos muito agradecidos ao Papa. Ele ama voltar a este lugar para relançar temas que lhe são caros”, disse padre Mauro Gambetti, Custódio do Sagrado Convento de Assis. Ele recordou a Encíclica Laudato si’ inspirada na “espiritualidade franciscana que tem uma conexão de todos e de tudo”.

O sacerdote não esconde que existe também um pouco de apreensão. “Estamos muito atentos nesse período”, disse. Padre Gambetti, destacando que o documento “Fratelli tutti” sobre a fraternidade e a amizade social, em seu título, “aponta para um horizonte inclusivo no qual somos convidados a mergulhar. Como uma mãe, um ventre que protege, nutre e educa a vida”.

“Se pudéssemos aprender a lidar com as áreas da vida social e a orientá-las nos princípios da fraternidade universal, resolveríamos os problemas do mundo, sentiríamos alegria por todos. Se estivéssemos realmente atentos ao outro, estivéssemos preocupados com a valorização das diferenças, da reciprocidade, realizaríamos o sonho do coração humano, estar no Paraíso desde agora, numa harmonia de relações em que cada pessoa tem direito à cidadania, toda vida é acolhida, apoiada e promovida. A pandemia nos restituiu aquele horizonte de conexão que pensávamos superar”, concluiu o sacerdote.

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