Mensagem

“O amor é mais forte do que a morte”, afirma Frei Patton na Páscoa

Custódio da Terra Santa divulgou mensagem de Páscoa diretamente de Jerusalém

Da redação, com Vatican News

Frei Francesco Patton/ Foto: Wesley Almeida

“O amor é mais forte do que a morte”. É o que afirmou o Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton, ofm. O presbítero divulgou sua mensagem de Páscoa.

No início do texto, o frei recordou um trecho do Evangelho de São Marcos. “Não tenhais medo! Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o colocaram”.

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Segundo o Custódio da Terra Santa, a notícia dada pelo anjo na manhã de Páscoa, no Santo Sepulcro, é tão surpreendente que se torna inacreditável até mesmo para aqueles que conheciam e seguiam Jesus de perto.

Ressurreição: surpreendente e inacreditável

Frei Patton afirma que a ressurreição de Jesus é inacreditável para Maria Madalena. Ela que foi curada por Jesus e por Ele foi restituída a uma vida autêntica.

“Maria Madalena, que o amou com todo o coração, com toda a sua alma e com todas as suas forças”, frisou.

A notícia do anjo é inacreditável a Pedro. Ele que o havia reconhecido como o Cristo. Ele que sabia que Jesus era o Filho de Deus e havia recebido a missão de confirmar os seus irmãos na fé.

É inacreditável também a João, sublinhou o frei. Ele que era o discípulo amado, que se reclinou no coração de Jesus para atingir a profundidade do seu mistério e do seu amor.

A morte foi vencida

“Ele não está aqui, Ressuscitou!”, “A morte foi vencida!”, afirma o Custódio da Terra Santa. Esse também é o desejo de todos.

“Sentimos e sabemos que fomos feitos para a vida, para uma vida plena, feliz e para sempre”. A vida eterna é o desejo de vida que todos carregam dentro de si, destaca Frei Patton.

Crise durante a pandemia

O religioso comentou que o desejo de vida de todos foi duramente colocado em crise, este ano, em todo o mundo.

“Por muitas vezes, quando sentimos a pandemia assediar-nos como um inimigo invisível, quando as pessoas que amamos adoeceram com este vírus que nos tira a respiração e as forças, quando alguns dos nossos entes queridos foram tragados pela morte e se apagaram na solidão”.

Crise antes da pandemia

Este desejo de vida, no entanto, já havia entrado em crise antes da pandemia, alerta Frei Patton. Isso por conta das pelas guerras, da fome, das crises humanitárias e da falta de humanidade, pela globalização da indiferença e pelas formas desumanas de exclusão.

“Como os olhos dos discípulos, também os nossos correm o risco de estarem fechados pela percepção de que a morte é mais forte do que a vida e que é o fim de tudo”, revela o Custódio da Terra Santa.

Apesar da leitura do Evangelho ter sido realizada tantas vezes, o religioso comenta que talvez ainda não tenhamos compreendido que tudo se cumpre e se renova precisamente na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Jesus vive

O túmulo vazio deve ser dito, ou melhor, deve ser aclamado, aponta Frei Patton. “A morte foi vencida, porque Jesus Ressuscitou! Eis o lugar onde o colocaram”. “A morte foi vencida!”,  porque o amor é mais forte do que a morte.

“O infinito amor pelo qual Jesus viveu nossa existência humana e a experiência de morrer é mais forte do que a própria morte. É capaz de reedificar essa nossa curta vida para que se torne eterna, e preencha nossa carne mortal com o seu próprio Espírito Santo, para que possamos entrar na sua vida divina”.

Na aurora da Ressurreição de Jesus Cristo, a morte foi vencida para sempre, frisa o Custódio da Terra Santa. Segundo ele, não há mais nada que homens e mulheres precisam saber.

“Não preciso mais ver ou tocar a não ser neste túmulo vazio, que por dois mil anos testemunha que Ele está vivo, e por dois mil anos anuncia, que junto a Ele, também eu e você estaremos vivos para sempre. Feliz Páscoa!”, concluiu.

Fonte: CMC

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