De 3 a 5 de junho

Igreja no Brasil vive 39ª Assembleia Geral dos Cristãos Leigos

Presidente da Comissão para o Laicato da CNBB comenta desafios enfrentados pela Igreja e pela sociedade

Da redação, com CNBB

Foto: Glenn Carstens-Peters via unsplash

A partir desta quinta-feira, 3, até o dia 5 de junho, acontece a 39ª Assembleia Geral dos Cristãos Leigos. O evento é organizado de modo virtual pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). À frente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o bispo de Tocantinópolis (TO), Dom Giovane Pereira de Melo comenta desafios para o crescimento do protagonismo dos cristãos leigos e leigas na Igreja no Brasil.

O bispo aponta que não há como separar os desafios da Igreja em relação aos desafios da sociedade. “Acho que eles estão juntos porque a Igreja e os leigos estão inseridos no mundo. São sujeitos na Igreja e na sociedade”, disse. Para Dom Giovane, o grande desafio colocado para a Igreja e a sociedade hoje é a realidade da pandemia e suas consequências.

“Precisamos ter consciência que estamos enfrentando como Igreja e como sociedade uma grave crise sanitária, econômica, ética, social, política. Tudo isto, intensificou-se com a pandemia”, comentou.

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Formação do laicato no Brasil

No âmbito do próprio laicato, Dom Geovani apontou a questão da formação dos cristãos leigos e a sua organização. Estes são dois desafios que a Igreja no Brasil precisa perseguir, opina o bispo. É necessário garantir a existência de um laicato maduro na fé, com sentimento de pertença e protagonista na Igreja e na sociedade. As referências, segundo ele, estão no documento nº 105 da CNBB.

Para o prelado, não se faz protagonismo sem uma clara consciência da vocação, da missão e da necessária organização do laicato. Um avanço neste sentido, segundo Dom Giovani, foi a apresentação que a Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB fez junto com o CNLB, dos parâmetros para a formação dos cristãos leigos e leigas.

A apresentação foi realizada no dia 24 de maio. Uma reunião com expressões laicais e um grupo de reflexão formado por teólogos, teólogas e pastoralistas aconteceu na última reunião do Conselho Pastoral Episcopal da CNBB.

O bispo informa que os parâmetros foram aprovados. Em breve eles serão publicados. “Esses parâmetros trazem pressupostos e critérios fundamentais que garantem a identidade laical no âmbito da Igreja e sociedade e visam dar às nossas dioceses, movimentos e comunidades novas referências para pensar a formação dos cristãos leigos e leigas”, disse.

Organização

O bispo disse que há um outro desafio que precisa ser perseguido como CNLB. É ele a organização dos cristãos leigos e leigas nos conselhos diocesanos e regionais.

“Ainda há muitas dioceses que acham que não é necessário a criação de conselhos de leigos, porque já estão organizados em comunidades, conselhos paroquiais etc. Mas nós, pela Comissão do Laicato, entendemos que os cristãos leigos precisam deste espaço próprio para discutir sobre sua identidade, formação e missão. A Igreja apoia e reconhece. Para serem sujeitos eclesiais, os cristãos leigos precisam também ter assegurados seus próprios espaços”, reforçou.

 

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