Missa

Dom Cabrejos na abertura da Assembleia Eclesial: unidade na diversidade

Missa de abertura da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe aconteceu neste domingo, 21, e foi celebrada pelo presidente do Celam

Da redação, com Vatican News

Dom Miguel Cabrejos /Foto: Julio Caldeira – IMC

Neste domingo, 21, na Solenidade de Cristo Rei, na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, a Igreja da América Latina e do Caribe se reuniu para a abertura da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe.

Em sua homilia, o presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), Dom Miguel Cabrejos, disse que os participantes da Assembleia, mais de mil, incluindo os presentes na Cidade do México e os que participam virtualmente, estavam ali para dar “graças a Deus por esta nova experiência de viver, sentir e participar da Igreja”.

O arcebispo de Trujillo destacou que a Assembleia Eclesial vem depois de “um longo caminho percorrido juntos, escutando a todos, sentindo como é belo ser membro do Corpo Místico de Cristo, protagonistas e corresponsáveis pela evangelização como discípulos missionários”.

O bispo pediu a Deus que o evento seja guiado em espírito de escuta, sinodalidade e unidade eclesial. Chamando todos a fazerem a vontade de Deus disse que “a verdadeira grandeza está em nos deixarmos iluminar pela Luz da Verdade, em descobrir a ação de Deus na história, em aderir ao projeto de Jesus Cristo e em ter a verdade como norma suprema de comportamento”.

O prelado peruano comparou esta Assembleia com a Conferência de Medellín, que ele definiu como a ‘recepção criativa’ do Concílio Vaticano II, em um contexto marcado pela pobreza e exclusão. Da mesma forma, ele disse que a Assembleia Eclesial é um momento “para ‘reviver Aparecida’, que reafirmou a renovação do Concílio, e procura contribuir para uma ‘segunda recepção’ do Vaticano II no novo contexto atual.

Povo de Deus

Segundo Dom Miguel Cabrejos, é uma Assembleia histórica, porque, em vez de realizar a VI Conferência Geral dos Bispos, o Papa Francisco propôs esta Assembleia Eclesial, composta por representantes de todo o Povo de Deus.

Estamos testemunhando “a passagem de uma assembleia na qual apenas bispos participaram para uma assembleia plenamente eclesial”, reafirmou o presidente do Celam.

O arcebispo peruano destacou que na Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, estão unidos diversos ministérios e carismas.

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Juntamente com isto, “inaugura um novo organismo sinodal em nível continental, que coloca a colegialidade episcopal no coração da sinodalidade eclesial, expressão do vínculo entre o Bispo e o Povo de Deus em sua Igreja local, e da concepção da Igreja universal como uma ‘Igreja das Igrejas locais’, presidida em unidade pelo Bispo da Igreja de Roma, com Pedro e sob Pedro”.

É um novo Pentecostes, no qual também está presente Maria de Tepeyac, que representa todas as invocações que sustentam a vida e a identidade dos povos da América Latina e do Caribe, disse.

Dom Miguel invocou “sua fiel e poderosa intercessão, para que ela nos mostre o rosto e o olhar de Cristo neste tempo de encontro físico e virtual”.

Bispos durante Assembleia Eclesial/ Foto: Julio Caldeira – IMC

Proteção de Nossa Senhora de Guadalupe

O bispo também pediu a Nossa Senhora de Guadalupe que mostre o caminho que Deus deseja para sua Igreja, e a docilidade para assumir um processo de conversão permanente, em comunhão com o Concílio Vaticano II e o Papa Francisco, no caminho para o Sínodo sobre a Sinodalidade.

O prelado afirmou que o caminho percorrido desde Aparecida, que, recordando as palavras do Papa Francisco, “ainda tem muito a oferecer”.

Dom Miguel Cabrejos disse que queria, “na difícil unidade na diversidade, responder e acompanhar todo o povo de Deus em uma hora profundamente complexa e difícil”, insistindo em não esquecer que, nos vulneráveis, “Cristo continua a ser crucificado neles”.

Abrir o coração

À luz do Evangelho do dia, Dom Miguel Cabrejos denunciou a ruptura da comunhão e da fraternidade, que está presente “na desigualdade; na violência generalizada; nos falsos testemunhos de líderes que abandonam o sentido do serviço de suas responsabilidades; na crise sem precedentes de nossa casa comum, onde os favoritos do Senhor são os mais afetados”.

Além disso, o bispo citou a dor das mulheres, “que sofreram abuso ou exclusão sistemática”, bem como os migrantes, que muitas vezes são rejeitados.

Para a Assembleia, o presidente do Celam pediu o dom da escuta. “Deixar nossas posições particulares reduzidas e nos aproxima de nossos irmãos e irmãs para buscar a Deus em comum e em comunhão”, exortou. Ele também pediu para seguir o exemplo de São João Diego: abrir os corações à interculturalidade, sem medo ou dúvida.

 

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