AJUDA AOS MIGRANTES

Colombianos agradecem ao Papa por proteger migrantes venezuelanos

Bispos da Colômbia agradeceram o recente apelo do Papa Francisco aos migrantes venezuelanos, bem como a decisão do governo de fornecer proteção a essas pessoas

Da redação, com Vatican News

Francisco, durante o Angelus, agradeceu a Colômbia pela ajuda aos migrantes venezuelanos / Foto: Catholic Press Photo/IPA/ABACAPRESS.COMNo

O presidente colombiano, Iván Duque, anunciou no início da semana passada que o governo daria status legal temporário a mais de 1,7 milhão de imigrantes venezuelanos.

O chamado “Estatuto de Proteção Temporária” permitirá que venezuelanos que chegaram antes de 31 de janeiro permaneçam e trabalhem legalmente por pelo menos 10 anos, bem como sejam integrados à sociedade colombiana.

Apreço do Papa

O Papa Francisco expressou sua gratidão pessoal à Colômbia . “Obrigado, Colômbia”, disse o Papa no discurso do Angelus deste domingo, 14. “Agradeço a todos vocês pelo que fazem pelos migrantes.”

O Pontífice acrescentou que o estatuto promoveria “acolhimento, proteção e integração” dos migrantes venezuelanos na Colômbia.

Além disso, o chefe da Agência da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, saudou a decisão como “o gesto humanitário mais importante” que a região já viu em décadas.

Incentivo aos colombianos

Após o apelo do Papa no domingo, o arcebispo de Bogotá, na Colômbia, acolheu suas palavras de apoio, em uma entrevista do padre Manuel Cubias, SJ.

“Os bispos da Colômbia e todo o povo de Deus acolheram com grande alegria a mensagem do Santo Padre”, disse o arcebispo Luis José Rueda Aparicio. “Isso nos encoraja e fortalece nossos esforços em nome dos migrantes”, ponderou o religioso.

O arcebispo disse ainda que o apelo do Papa Francisco foi bem recebido pela opinião pública local. “É um claro reconhecimento dos esforços que a Colômbia tem feito apesar da situação causada pela pandemia, tais como o aumento da pobreza e as muitas dificuldades trazidas pelo conflito armado que ainda continua”, reiterou.

A vizinha Venezuela enfrenta uma crise profunda desde 2014, que resultou em uma crise econômica e política sem precedentes.

A inflação disparou, com os preços dos alimentos, gasolina e remédios quase fora do alcance da maioria dos venezuelanos. À medida que o regime socialista se tornou cada vez mais repressivo, mais de 5,4 milhões de pessoas fugiram do país, quase 2 milhões das quais se estabeleceram na Colômbia.

O “Estatuto de Proteção Temporária” permitirá que aqueles que se registram no governo permaneçam por 10 anos, apesar de sua situação legal anterior.

Chance de recomeçar

O arcebispo Rueda elogiou a mudança e as oportunidades que oferece aos imigrantes venezuelanos.

“A lei atende a uma necessidade importante e permite que os migrantes contribuam de maneira positiva à sociedade colombiana, em áreas que vão do trabalho ao enriquecimento cultural.”

“Muitos migrantes venezuelanos”, acrescentou o arcebispo, “há muito tempo esperam a chance de recomeçar suas vidas na Colômbia”.

O arcebispo de Bogotá disse que a Igreja é chamada a continuar seus esforços em favor dos migrantes “para evitar quaisquer formas de discriminação ou xenofobia”.

“Devemos continuar nossos trabalhos para promover a solidariedade e a fraternidade junto ao povo”, disse ele, “como um gesto de acompanhar o povo da Venezuela e ajudar a atender suas necessidades”, finalizou.

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