Após danos

Catedral reabre na Síria: um sinal de esperança e renascimento

A Catedral de São Elias foi reaberta após ter sido danificada durante o conflito que assola a Síria há mais de nove anos

Da redação, com Vatican News

Interior da Catedral Maronita de São Elias em Aleppo após trabalho de restauração / Foto: Divulgação ACN Itália

A Catedral Maronita de São Elias, localizada ao norte de Aleppo, na Síria, foi reaberta nesta segunda-feira, 20. Ela foi bombardeada por mísseis em pelo menos três ocasiões distintas, entre 2012 e 2016. Além disso, o templo sofreu diversos ataques de jihadistas, em 2013, quando o bairro foi invadido.

A maior parte da reconstrução foi financiada pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

O arcebispo maronita Joseph Tobij, de Aleppo, disse que a restauração e a reabertura da catedral têm um significado simbólico e prático. “É um sinal de esperança e renascimento, não apenas no sentido material, mas para toda a comunidade, apesar do número de cristãos continuar diminuindo, devido à extrema pobreza ligada às sanções impostas à população indefesa”, explicou Tobij.

A reabertura em 20 de julho da catedral do século XIX marca um novo período na vida dos cristãos de Aleppo, pois o edifício foi devastado em 2013 por um grupo de jihadistas, cujo objetivo era destruir todos os sinais do cristianismo no país.

O arcebispo Tobij disse que as principais dificuldades encontradas na restauração foram a captação de recursos e a reconstrução do telhado de madeira original. Os artesãos locais, explicou o religioso, careciam de conhecimentos nesta área específica, então um grupo de arquitetos italianos interveio para redesenhar o projeto do telhado.

Colaboração e solidariedade

O arcebispo Tobij disse que não houve liturgias ou outras celebrações na catedral por oito anos. Agora, “nós retomamos a vida, uma maneira de dizer às pessoas em Aleppo, na Síria e no mundo que ainda existimos, apesar do grande declínio no número de nossos cristãos”, lamentou.

A ACN estima que apenas 30 mil cristãos permaneçam na cidade, em comparação com uma população pré-guerra de 180 mil. Aleppo era a cidade mais populosa da Síria antes da guerra. Agora, é a segunda maior depois da capital, Damasco.

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