Viagem

Cardeal Sandri na Síria: jovens convidam Papa para ir ao país

Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais está na Síria; Viagem terminará em 3 de novembro

Da redação, com Vatican News

Cardeal Sandri/ Foto: Daniel Ibanez – CNA

Uma viagem para levar conforto, solidariedade e a proximidade do Papa a um país que está em guerra há dez anos e que agora se confronta com os escombros. Com esta tarefa, o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, está visitando a Síria.

Na terça-feira, 26, a primeira parada foi Damasco. Foi um dia de encontros e confrontos, começando com aqueles realizados no Patriarcado greco-melquita.

Presente do Papa

O cardeal Sandri, também acompanhado pelo Núncio em Damasco, cardeal Mario Zenari, encontrou-se com os prelados sírios. O purpurado anunciou, em nome do Papa, a doação de um valor da Congregação para as Igrejas Orientais. Ele será destinado a cada circunscrição católica do país. A doação visa apoiar as situações de maior necessidade identificadas por cada bispo.

Também foi anunciada para março de 2022 uma conferência em Damasco. Todos os agentes de caridade de cada Eparquia participarão do evento. A conferência irá coordenar uma resposta às necessidades urgentes, em particular à “bomba da pobreza” e ao drama da imigração.

Esta iniciativa será guiada pela Congregação, pela Nunciatura Apostólica em Damasco, pelos Dicastérios interessados da Cúria Romana e pelas Agências da ROACO. Será necessário trabalhar em dois níveis. São eles: comprometer-se com a ajuda oportuna e necessária para a reconstrução e reflexão adequada por parte da comunidade internacional. Com os prelados também se discutiu sobre o caminho sinodal recentemente lançado por Francisco.

Os jovens, protagonistas de uma revolução do amor

À tarde, na Divina Liturgia no rito bizantino na Catedral Melquita, copresidida pelo cardeal e pelo patriarca Youssef Absi, foi aberto o Sínodo em nível local. Depois, o abraço do cardeal aos jovens no Patriarcado. Foi um confronto sincero que durou cerca de duas horas, durante o qual eles compartilharam sua dor, a necessidade de uma formação mais atenta de uma participação mais ativa, e a necessidade de fazer ouvir a voz dos jovens dentro do caminho sinodal.

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Sandri exortou-os a serem protagonistas de uma revolução de amor, guiados pelo Papa Francisco e pela encíclica Fratelli tutti. Os jovens, através do cardeal, convidaram o Pontífice a visitar a Síria, como sinal de nova esperança. O prefeito Sandri e também o núncio Zenari garantiram que o Papa tem sempre seu país em seu coração, e quando todas as condições, agora ainda muito difíceis, o permitirem, ele considerará a proposta com alegria.

O pároco de Aleppo: serve esperança

Entretanto, no contexto desta visita, deve ser registrado o testemunho do pároco latino de Aleppo, padre Ibrahim Alsabagh, para quem a chegada do cardeal Sandri ocorre em um momento crítico, quando a guerra combatida com armas deu lugar à guerra da fome. “Mais de 95 por cento da população”, disse ele, “vive abaixo da linha de pobreza, os salários mínimos não lhes permitem viver”.

“Há desespero e desânimo em seus corações. A crise também é forte em Aleppo, onde o frio está chegando e o gás e o petróleo são escassos e muito caros. É necessário voltar a uma abordagem de emergência com a distribuição de alimentos, atendendo a todos os tipos de necessidades de saúde”.

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