Repercussão

Cardeal: Dia dos Avós e Idosos é 1º fruto do ano Família Amoris Laetitia

Prefeito e secretário do Dicastério para Leigos, Família e Vida comentam iniciativa do Papa de instituir o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

Da redação, com Vatican News

Cardeal Farrell /Foto: Pontifício Conselho para os Leigos, Família e Vida

Como anunciado neste domingo depois do Angelus, o Papa Francisco decidiu instituir em toda a Igreja a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que será celebrado a partir deste ano, no quarto domingo de julho, próximo à memória litúrgica dos Santos Joaquim e Ana, avós de Jesus.

O cardeal Farrell, prefeito do Dicastério para Leigos, Família e Vida, ressalta que: “trata-se do primeiro fruto do ano Família Amoris Laetitia, um presente para toda a Igreja destinado a permanecer ao longo dos anos”. O cuidado pastoral dos idosos é uma prioridade que não pode mais ser adiada, para cada comunidade cristã. Na encíclica Fratelli tutti, o Santo Padre nos recorda que ninguém se salva sozinho. Nessa perspectiva, é necessário valorizar a riqueza espiritual e humana que foi transmitida através das gerações”.

Segundo o purpurado, o Dicastério já organizou o Primeiro Congresso Internacional de Pastoral dos Idosos. “A partir de hoje nos sentimos ainda mais comprometidos em trabalhar para remover a cultura do descarte e valorizar os carismas dos avós e dos idosos”.

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Por ocasião do Primeiro Dia Mundial, que acontecerá significativamente no coração do ano da Família Amoris Laetitia, o Papa Francisco presidirá a Missa da noite de domingo, 25 de julho, de forma compatível com a situação sanitária, em São Pedro.

Com a aproximação do dia, o Dicastério para os Leigos, Família e Vida anunciará as eventuais ulteriores iniciativas que o acompanharão. Desde agora, o Dicastério convida as paróquias e as dioceses de todo o mundo a encontrar formas de celebrar o dia em nível local que sejam adequadas ao seu contexto pastoral.

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Padre Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para Leigos, Família e Vida, afirmou que a instituição do Dia mundial dos Avós e dos Idosos é uma iniciativa absolutamente coerente com o pontificado do Papa Francisco.

“Desde o início do seu pontificado, recordo-me por exemplo, a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, naquele dia 26 de julho, justamente no dia de São Joaquim e de Sant’Ana, avós de Jesus o Papa já convidava a esse diálogo, a essa acolhida dos idosos e um diálogo com as gerações mais novas. Fala da importância de que houvesse sempre uma profunda unidade entre idosos e jovens, porque muitas vezes eles são descartados pela sociedade, uma sociedade que tende a não incluí-los nas suas reflexões, não considerá-los protagonistas da Igreja e da transformação social”. 

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“O Papa sempre valoriza essa realidade e nos convida, especialmente durante o Ano Família Amoris laetitia. Um ano no qual queremos resgatar a beleza dessa exortação apostólica, os valores da família, e essa celebração insere-se justamente para que possamos entender a importância que os idosos têm nas nossas famílias, que os avós têm nas nossas famílias, como os guardiões da memória e da sabedoria de todo um povo, e que são eles aqueles que nos deixam essa herança, nos deixam sonhos pelos quais também nós queremos sonhar, como novas gerações. A pandemia provavelmente impulsionou essa preocupação, que também no Dicastério se fez presente em diversos momentos, tanto pela família como pelas pessoas idosas”.

Segundo o sacerdote, neste tempo as famílias perceberam a importância e o valor de estarem juntas, e quando isso não aconteceu, tantas famílias sofreram muito mais, não só pela falta de contato externo, mas também às vezes por falta do contato interno, no interior da própria família. “Faltou a vinculação e o valor da família. Também em muitos lugares percebemos como os idosos foram os que mais sofreram nesta pandemia, seja porque pertencem ao grupo de risco, mas também porque muitas vezes são deixados de lado, do ponto de vista da preocupação tanto familiar como social. Por isso, acredito que essa iniciativa vai despertar muitos frutos, vai ser um momento de graça para a Igreja e vai ser também um momento para que possamos voltar a valorizar o protagonismo, a importância dos nossos avós e das pessoas idosas na nossa sociedade, na nossa cultura, e especialmente nas nossas famílias”.

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