Futuro santo

Brasília tem capela dedicada ao beato Tito Brandsma

Única capela da América dedicada ao futuro santo está no Santuário Nossa Senhora do Carmo, em Brasília (DF)

Da Redação, com Província Carmelita de Santo Elias 

Beato Tito Brandsma / Foto: Divulgação

A canonização do beato Tito Brandsma foi anunciada nesta sexta-feira, 4, pelo Papa Francisco. Aqui no Brasil, a cidade de Brasília tem uma capela – a única na América – dedicada ao beato. No Santuário Nossa Senhora do Carmo, a capela abriga uma relíquia: o seu escapulário. 

Quinto de seis filhos, o beato Tito Brandsma nasceu em 23 de fevereiro de 1881. Aos 17 anos vestiu o hábito do Carmelo onde exclamou: “A espiritualidade do Carmelo que é vida de oração e de terna devoção a Maria, me levaram à feliz decisão de abraçar esta vida. O espírito do Carmelo me fascinou!”.

Emitiu seus votos religiosos em 3 de outubro de 1899 e foi ordenado sacerdote em 17 de junho de 1905. Foi professor na Universidade Católica de Nimega, onde chegou ao cargo de reitor-magnífico.

Ocupação nazista: Tito é preso e morto

Antes e durante a ocupação nazista da Holanda, lutou com fidelidade ao Evangelho, convenceu os jornalistas católicos a não publicarem artigos ou propaganda nacional-socialista. 

Tito foi imediatamente visado pela polícia secreta. Após ser investigado em 1942, foi caracterizado por ela como “muito perigoso e cérebro de propaganda anti-nazista”. Também era a favor da liberdade das escolas católicas e da imprensa, por isso foi encarcerado. Após uma dolorosa Via-Sacra de prisões, foi internado no campo de concentração de Dachau.  Tito foi apontado como um “homem de firmeza de caráter e perigoso para o sistema”.

Durante sua permanência na prisão, entregou-se à meditação e à oração, seguindo uma disciplina conventual. Começou a escrever uma nova biografia de Teresa d´Ávila nas entrelinhas de um livro. Os guardas o humilhavam de todas as formas, mas ele não perdia a paz. Tito Brandsma impressionou os demais presos por suas palavras de esperança. Seu lema é: “Sofrer não faz mal, desde que nos sintamos amados”. 

Foi morto em 26 de Julho em 1942, enquanto infundia serenidade e conforto aos outros prisioneiros. A própria enfermeira alemã que lhe aplicou a injeção mortal, mais tarde, no processo de beatificação, testemunhou, emocionada, a mansidão e a paz conservadas pelo beato.

Foi beatificado por Sua Santidade São João Paulo II em 3 de novembro de 1985. Sua festa é celebrada no dia 27 de julho. A canonização será no dia 15 de Maio de 2022. 

 

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