64 anos da dedicação

Arquidiocese de SP celebra Solenidade da Dedicação da Catedral da Sé

Catedral inaugurada em 25 de janeiro de 1954, teve sua dedicação apenas em setembro do mesmo ano, durante o I Congresso Nacional da Padroeira do Brasil

Da redação, com Arquidiocese de São Paulo

Catedral da Sé/ Foto: Arquivo Arquidiocese de SP

Nesta quarta-feira, 5, a Arquidiocese de São Paulo comemorará o aniversário da Dedicação da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo (Catedral da Sé). Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidirá duas missas celebrativas, a primeira às 12h, e a segunda às 17h.

Inaugurada em 25 de janeiro de 1954, por ocasião das comemorações do IV Centenário de Fundação da Cidade de São Paulo, a Catedral da Sé foi dedicada somente em setembro, durante o I Congresso Nacional da Padroeira do Brasil, realizado entre São Paulo e Aparecida. A dedicação foi feita pelo Cardeal Adeodato Givanni Piazza, que veio como enviado pontifício para o Congresso da Padroeira.

Com 111 metros de comprimento, 46 metros de largura e 65 metros de altura (com exceção das torres), a atual Catedral foi idealizada para substituir a antiga Igreja da Sé, de 1612, bastante deteriorada pelo tempo.

A pedra fundamental da Catedral da Sé foi colocada em 1912, pelo então arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva. Sua inauguração estava prevista para 1922, durante a comemoração do centenário da Independência do Brasil. Porém, devido à falta de verbas e a ocorrência de duas Grandes Guerras que atrapalharam as importações dos materiais de construção, a Catedral foi inaugurada somente em 1954, pelo Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, ainda que parcialmente concluída.

A construção da Sé desde o seu início foi muito difícil devido a suas proporções, pois tudo nela era grande. O projeto, de autoria do arquiteto Maximiliano Emil Hehl, previa que a mesma fosse construída em pedras.

Catedral da Sé durante construção/ Foto: Arquivo Arquidiocese de SP

O estilo neogótico da Catedral é considerado peculiar, com seu aspecto eclético em estilos arquitetônicos. Nas colunas alçadas a 70 metros de altura, encontram-se elementos típicos da fauna e da flora brasileira, como ramos de café, o tamanduá-bandeira, o tatu-bola, a coruja contrastando com grandes personagens do século XX, da história da Catedral e da história universal.

Órgão e sinos

O órgão foi fabricado em Milão e é o maior da América Latina, com 10.200 tubos. Está desativado desde 1999 e existe projeto em andamento para a sua reconstrução.

Já o carrilhão de sinos, localizado nas torres, é um dos maiores do País, com 61 sinos sendo 35 acionados eletronicamente. Passou recentemente por uma reforma geral e está em pleno funcionamento.

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Restauração

O prédio passou por completa restauração entre os anos de 1999 e 2002: do piso às torres, passando pelas portas, pelo mobiliário e pelos 61 sinos. O prédio havia sido interditado em julho de 1999, quando um tijolo caiu do teto próximo ao altar. Passou por obras emergenciais, foi parcialmente reaberta em outubro de 1999 e novamente fechada em maio de 2000, com a aprovação do projeto de recuperação.

Restaurada, a Catedral ganhou 14 torreões, previstos no projeto original, elaborado em 1912 pelo arquiteto Maximiliano Hehl. Apesar das torres existentes, os torreões não haviam sido concluídos, apesar da inauguração da Catedral, em 1954.

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