Em Israel

Papa pede reconhecimento dos Estados de Israel e Palestina

Em Israel, Papa reiterou a Shimon Peres o convite que fez ao presidente da Palestina, para juntos irem ao Vaticano rezar pela paz

Kelen Galvan
Da redação

discurso papa em israelDando continuidade à sua visita à Terra Santa, o Papa Francisco chegou a Israel por volta das 16h30 (hora local – 10h30 em Brasília). No aeroporto internacional de Tel Aviv, o Santo Padre foi recebido pelo presidente Shimon Peres e pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu.

Em seu discurso de boas-vindas, o Pontífice agradeceu a cordial recepção e expressou sua alegria de visitar Israel.

Francisco recordou que as relações entre o Vaticano e o país mudaram muito desde a visita histórica do Papa Paulo VI há 50 anos. “As relações diplomáticas, que existem entre nós já há vinte anos, têm favorecido o incremento de boas e cordiais relações, como testemunham os dois acordos já assinados e ratificados e o que está em fase de aperfeiçoamento”, disse.

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O Papa afirmou que, como seus antecessores, foi à Terra Santa como peregrino, e destacou a importância do local para grande parte da humanidade. “[É] onde se desenrolou uma história plurimilenar e tiveram lugar os principais eventos relacionados com o nascimento e o desenvolvimento das três grandes religiões monoteístas: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo”.

O Santo Padre expressou seu desejo de que “esta Terra bendita seja um lugar onde não haja espaço algum para quem, instrumentalizando e exacerbando o valor da sua filiação religiosa, se torne intolerante e violento para com a religião alheia”.

Jerusalém significa “cidade da paz”, lembrou Francisco. “Assim, Deus a quer e todos os homens de boa vontade desejam que seja”.

Entretanto, o Pontífice recordou que a cidade ainda é atormentada pelas consequências de longos conflitos e, unindo-se ao pedido de todos os “homens de boa vontade”, suplicou aos responsáveis que empenhem-se na busca de soluções para essas complexas dificuldades, de modo que israelitas e palestinos possam viver em paz.

“É preciso empreender sempre, com coragem e sem se cansar, o caminho do diálogo, da reconciliação e da paz. Não há outro caminho”, ressaltou.

Francisco renovou o apelo dirigido por Bento XVI em sua visita à Terra Santa: “Seja universalmente reconhecido que o Estado de Israel tem o direito de existir e gozar de paz e segurança dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas. Seja igualmente reconhecido que o povo palestinense tem o direito a uma pátria soberana, a viver com dignidade e a viajar livremente. Que a ‘solução de dois Estados’ se torne realidade e não permaneça um sonho!”.

Durante sua estadia em Israel, o Santo Padre irá visitar lugares muito significativos como o Memorial de Yad Vashen, erguido em recordação dos seis milhões de judeus vítimas do Shoah (o holocausto).

Em seu discurso, o Papa disse que essa tragédia permanece símbolo para mostrar até onde pode chegar a malvadez do homem, quando atiçada por falsas ideologias. “Esquece a dignidade fundamental de cada pessoa, a qual merece respeito absoluto seja qual for o povo a que pertença e a religião que professe. Peço a Deus que jamais se repita semelhante crime, de que foram vítimas também muitos cristãos e não só”.

Por fim, o Santo Padre pediu que, sempre lembrados do passado, seja promovida uma edução onde a exclusão e o conflito cedam lugar à inclusão e ao encontro, e onde não haja lugar para o antissemitismo, nem para qualquer hostilidade, discriminação ou intolerância contra indivíduos e povos.

No fim do discurso, o Papa reiterou a Shimon Peres o convite que fez ao presidente da Palestina, para juntos irem ao Vaticano rezar pela paz.

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