Papa pede que tragédia do holocausto nunca se repita

Em seu discurso, no Museu do Holocausto, o Papa Francisco pediu a Deus a graça de “nos envergonharmos” do que, como homens, “fomos capazes” de cometer

Da redação, com Rádio Vaticano

visita_papa_holocaustoNa manhã desta segunda-feira, 26, último dia da visita do Papa à Terra Santa, Francisco visitou o Memorial de Yad Vashem, o Monumento do Holocausto, em Jerusalém.

O local contém algumas urnas com cinzas de vítimas de vários campos de extermínio. Ali o Santo Padre colocou uma coroa de flores e, na presença de alguns sobreviventes da perseguição nazista, o Papa fez um breve pronunciamento.

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Neste lugar, memorial da Shoah, disse o Pontífice, ouvimos ressoar a pergunta de Deus: “Adão, onde você está?”. Nesta pergunta, notamos a dor de um pai que perde o filho. O pai conhecia o risco da liberdade; sabia que o filho podia ter-se perdido, mas, talvez, nem mesmo o pai podia imaginar tal queda, tal abismo!

Aquele grito “onde você está?” ressoa aqui, disse o Pontífice, diante deste memorial da tragédia incomensurável do Holocausto, como uma voz que se perde em um abismo sem fim: “Homem, quem é você? Não o reconheço mais. O que você fez? De quais horrores você foi capaz? Por que você caiu tão baixo?”

Este abismo não pode ser somente obra das suas mãos, do seu coração… E, referindo-se ainda ao homem, o Papa perguntou: “Quem o corrompeu? Quem o desfigurou? Você torturou e assassinou seus irmãos! Por isso, hoje, voltamos a ouvir a voz de Deus: “Adão, onde você está?”

Dito isso, o Santo Padre invocou o perdão de Deus: “Tende piedade de nós, Senhor! Escutai a nossa oração e a nossa súplica. Salvai-nos pela vossa misericórdia. Salvai-nos desta monstruosidade! Pecamos contra vós!”.

O Papa concluiu o discurso pedindo a Deus a graça de “nos envergonharmos” do que, como homens, “fomos capazes” de cometer. “De nos envergonharmos desta máxima idolatria; de termos desprezado e destruído a nossa carne, aquela que vós formastes e vivificastes com o vosso sopro de vida. Nunca mais, Senhor! Nunca mais!”.

Depois da visita ao Memorial do Holocausto, o Bispo de Roma visitou o “Centro Hechal Shlomo”, sede do Grão-Rabinado de Israel, situado ao lado da Grande Sinagoga de Jerusalém.

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