Viagem Apostólica

No Marrocos, Papa Francisco se encontra com o Conselho Ecumênico

Em seu segundo dia no país africano, o Santo Padre se reuniu com o clero, religiosos e sacerdotes

Da redação

Na sede da Arquidiocese de Rabat, Francisco pediu que os fiéis se atentem aos mais necessitados / Foto: Vatican Media

Em seu segundo dia de viagem apostólica ao Marrocos, o Papa Francisco se encontrou com o clero, religiosos e religiosas do Conselho Ecumênico das Igrejas, neste domingo, 21, realizado na Catedral de São Pedro, sede da Arquidiocese de Rabat.

Em seu discurso, Francisco ressaltou que apesar do reduzido número de cristãos no Marrocos, embora reconheça que a vida desses fiéis nem sempre seja das mais tranquilas. “Por conseguinte, o problema não está no facto de ser pouco numerosos, mas de ser insignificantes, tornar-se sal que já não tem o sabor do Evangelho, ou uma luz que já nada ilumina (cf. Mt 5, 13-15)”, acrescentou.

O Sucessor de Pedro ainda ponderou: não é necessário que os cristãos sejam a maioria para que a palavra do Evangelho seja disseminada a contento. “”Bem sabeis que a vida depende da capacidade que temos de ‘levedar’ onde e com quem nos encontramos, embora aparentemente não nos traga benefícios tangíveis ou imediatos”, afirmou.

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É no diálogo, segundo as palavras de Francisco, que a fraternidade humana é levada adiante e as palavras se tornam oração ― e assim deixar de lado ideias e discursos que são centrados no ódio ou na supremacia étnica. “Uma oração que não discrimina, não separa nem marginaliza, mas faz-se eco da vida do próximo; oração de intercessão, que é capaz de dizer ao Pai: ‘venha a nós o vosso reino’. Não com a violência, não com o ódio, nem com a supremacia étnica, religiosa e econômica, mas com a força da compaixão espargida para todos os homens na Cruz”, analisou o Pontífice.

Diálogo à maneira de Jesus

Apesar desta diminuta presença cristã, Francisco exaltou o diálogo de salvação. É este tipo de comunicação que deve ser levado a cabo, centrado à maneira de Jesus. “Enquanto pessoas consagradas, somos convidados a viver este diálogo de salvação, antes de mais nada, como intercessão pelo povo que nos foi confiado”, salientou. “Trata-se, portanto, dum diálogo que se torna oração e que podemos concretizar, todos os dias, em nome da fraternidade humana que abraça todos os homens, une-os e torna-os iguais”, exaltou.

Francisco ainda pediu aos fiéis para que insistam na ajuda ao próximo, sobretudo aos mais necessitados, que vivem à margem da sociedade. “Continuai a aproximar-vos daqueles que muitas vezes são deixados para trás, dos humildes e dos pobres, dos prisioneiros e dos migrantes. Que a vossa caridade se faça sempre ativa, tornando-se assim uma via de comunhão entre os cristãos de todas as confissões presentes em Marrocos: o ecumenismo da caridade”, advertiu.

Ao final do encontro, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus junto a todos os presentes, quando pediu a proteção da Virgem Maria.

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