Ano da Misericórdia

Última catequese jubilar: Deus não exclui ninguém, diz Papa

Francisco afirma que o critério da misericórdia é aquele com os quais tentamos incluir os outros na nossa vida

Rádio Vaticano

Deus, de fato, no seu desígnio de amor, não quis excluir ninguém, pelo contrário, incluir todos, afirmou Francisco / Foto: Reprodução CTV

Deus, de fato, no seu desígnio de amor, não quis excluir ninguém, pelo contrário, incluir todos, afirmou Francisco / Foto: Reprodução CTV

Na manhã deste sábado, 12, o Papa Francisco realizou a última Catequese Jubilar do Ano Santo da Misericórdia. O Santo Padre encontrou-se, na Praça São Pedro, com cerca de 30 mil fiéis e peregrinos, de diversas partes do mundo.

Durante as audiências Jubilares, neste Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco encontrou cerca de 450 mil pessoas, provenientes da Itália e de outros países.

Aspecto importante da misericórdia

Em sua catequese desta última audiência Jubilar, o Papa refletiu sobre um aspecto importante da misericórdia: a inclusão.

Francisco explicou que Deus, no seu desígnio de amor, não quis excluir ninguém, pelo contrário, incluir todos. “Por exemplo, através do Batismo, nos tornou seus filhos, em Cristo, membros do seu Corpo que é a Igreja. Nós, cristãos, somos convidados a usar o mesmo critério”.

O critério da misericórdia, continuou Francisco, é aquele modo e estilo de agir, com os quais tentamos incluir os outros na nossa vida, evitando de fechar-nos em nós mesmos e nas nossas seguranças egoístas. E citando o Evangelho de hoje, onde Jesus faz um convite realmente universal: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”.

O apelo de Jesus

Francisco afirmou que Ninguém está excluído deste apelo, porque a missão de Jesus é a de revelar a todas as pessoas o amor do Pai. “Cabe a nós abrir o coração, confiar em Jesus e acolher esta mensagem de amor, que nos faz penetrar no mistério da salvação”.

Este aspecto da misericórdia a “inclusão”, manifesta-se quando alargamos os braços para acolher os outros, sem excluí-los e sem julgá-los segundo a sua condição social, língua, raça, cultura, religião. Diante de nós, há somente uma pessoa para amar, como Deus a ama. E o Papa ponderou:

“Quantas pessoas cansadas e sobrecarregadas encontramos também em nossos dias: nas ruas, nos ambientes  públicos, nos ambulatórios médicos… O olhar de Jesus paira sobre cada um desses rostos, também mediante os nossos olhos. Mas, como está o nosso coração? É misericordioso? O nosso modo de pensar e agir é inclusivo?

Uma grande obra de inclusão

A estas perguntas, o Papa respondeu dizendo que “o Evangelho nos convida a reconhecer na história da humanidade o desígnio de uma grande obra de inclusão; esta, respeitando plenamente a liberdade de cada pessoa, de cada comunidade e cada povo, exorta todos a formar uma família de irmãos e irmãs, na justiça, na solidariedade e na paz, e a fazer parte da Igreja, Corpo de Cristo. E recordando que Jesus nos convida a ir a Ele para encontrar descanso, o Santo Padre disse:

“Os seus braços alargados sobre a Cruz demonstram que ninguém está excluído do seu amor, da sua misericórdia, do seu perdão. Todos nós temos necessidade de ser perdoados por Deus. Por isso, não excluamos ninguém, Pelo contrário, com humildade e simplicidade sejamos instrumentos da ‘misericórdia inclusiva’ do Pai. A Santa Igreja prolonga, no mundo, o grande abraço de Cristo, morto e ressuscitado!

Francisco concluiu sua catequese nesta última Audiência Jubilar comparando a colunata da Praça São Pedro com um grande abraço, dizendo: “Deixemo-nos envolver neste movimento de inclusão dos outros, sendo testemunhas da misericórdia, com a qual Deus acolheu e acolhe cada um de nós”.

Após a sua catequese, o Papa passou a saudar os peregrinos, presentes na Praça São Pedro. Falando em italiano, cumprimentou, entre outros, e agradeceu todos aqueles que trabalharam para o bom andamento deste Ano Santo da Misericórdia, de modo especial os voluntários:

“Saúdo, com particular afeto, os voluntários do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, provenientes de diversas Nações, e os agradeço pelo precioso serviço aos peregrinos, para que pudessem viver bem esta experiência de fede. Admirei muito a sua dedicação, paciência e entusiasmo”.

Por fim, após ter saudado também os fiéis do Movimento Shalom, dirigiu a seguinte saudação aos presentes de língua portuguesa:

“Queridos peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, desejando-vos que possais experimentar nesta peregrinação jubilar a força do Evangelho da misericórdia que transforma, que faz entrar no coração de Deus, que nos torna capazes de perdoar e olhar o mundo com mais bondade. Que Deus vos abençoe a vós e às vossas famílias”.

Francisco concluiu sua última Audiência Jubilar, concedendo a todos a sua Bênção Apostólica.

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