Telegrama

Santa Catarina de Sena inspira a viver civilização do amor, escreve Papa

Francisco enviou um telegrama por ocasião da memória litúrgica de Santa Catarina de Sena e do aniversário de 560 anos de sua canonização

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco /Foto: Lucia Ballester/CNA

O Papa Francisco enviou um telegrama nesta quinta-feira, 29. O texto foi assinado pelo secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin. A mensagem foi enviado por ocasião da memória litúrgica de Santa Catarina de Sena.

O telegrama foi dirigido ao cardeal Augusto Paolo Lojudice, arcebispo de Siena-Colle Val d’Elsa-Montalcino, na Itália. A motivação de Francisco foi o início das festividades em homenagem à Padroeira da Itália e Co-Padroeira da Europa, também protetora dos enfermeiros.

A mensagem do Papa Francisco

Segundo um comunicado à imprensa, o telegrama traz a saudação do Papa à comunidade. Ele se une a todos em agradecimento ao Senhor “por ter dado à Igreja e à humanidade tão grande figura de mulher e de crente”. Catarina de Sena “incessantemente chamou a Igreja e os homens de boa vontade aos valores evangélicos”.

Na mensagem, o Santo Padre faz referência ao aniversário de 560 anos da canonização de Santa Catarina de Sena. “Exemplo de tão generosa discípula de Cristo”.

O Papa encoraja todos a se inspirarem ao “testemunho cada vez mais alegre e fervoroso da fé e da caridade, a fim de promover a civilização do amor”.

Com esses votos, Francisco “invoca abundantes favores celestiais sobre todos que participam da significativa celebração e, de coração, concede a bênção apostólica”.

História de Santa Catarina de Sena

Ilustração de Santa Catarina de Sena /Foto: Arquivo – CN

Santa Catarina de Sena nasceu no dia 25 de março, no bairro Fontebranda de Sena. Era a vigésima quarta filha, de vinte e cinco irmãos. Seus pais eram Jacopo Benincasa e Lapa de Puccio Piacenti.

Ela nasceu em uma época caracterizada por fortes tensões no tecido social. Com apenas seis anos, teve uma visão em que Jesus estava vestido com roupas pontificais.

No ano seguinte, fez votos de virgindade. Depois, amadurecendo o firme propósito de seguir a perfeição cristã junto à ordem Dominicana.

Diante da oposição dos pais, que queriam que se casasse, Catarina reagiu com determinação: com 12 anos, cortou o cabelo, cobriu-se com um véu e encerrou-se em casa. Então, em 1363, a família permitiu-lhe entrar para a comunidade das “Mantellate” ou Terciárias Dominicanas.

Mãe e mestra, ponto de referência espiritual para muitos

A santa aprendeu a ler e escrever e se dedicou a uma intensa atividade caritativa entre os últimos. Vivia em uma Europa, dilacerada por pestes, guerras, escassez e sofrimentos. Tornou-se um ponto de referência para homens de cultura e religiosos, que, por frequentarem assiduamente a sua casa, foram chamados “catarinados”.

Os mais íntimos entre eles a chamavam “mãe e mestra” e se tornaram descritores dos seus muitos apelos às autoridades civis e religiosas: exortações a assumir suas responsabilidades, às vezes, repreendidos e convidados a agir, mas sempre expressos com amor e caridade.

Entre os temas enfrentados nas missivas destacam-se: a pacificação da Itália, a necessidade de cruzadas, a reforma da Igreja e o retorno do Papado a Roma, para o qual a santa foi determinante, por se encontrar, na Provença, em 1376, com o Papa Gregório XI.

O Papa “doce Cristo na terra” e seu retorno a Roma

Catarina jamais teve medo de admoestar o Sucessor de Pedro, por ela definido “doce Cristo na terra”, às suas responsabilidades. Reconhecia suas faltas humanas, mas sempre teve máxima reverência pelo Vigário de Jesus na terra, assim como por todos os sacerdotes.

Após a rebelião de um grupo de Cardeais, que deu início ao cisma do Ocidente, Urbano VI a convocou em Roma. Ali, a santa adoeceu e faleceu em 29 de abril de 1380, como Jesus, com apenas 33 anos.

As palavras do apóstolo Paulo “Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim” se encarnaram na vida de Catarina que, em 1375, recebeu os estigmas incruentos, revivendo semanalmente, – narram as testemunhas, – a Paixão de Cristo.

Proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI

A pertença ao Filho de Deus, a coragem e a sabedoria infusa são os traços distintivos de uma mulher, única na história da Igreja, autora de textos como “O Diálogo da Divina Providência”, o “Epistolário” e a coletânea de “Orações”.

Devido à sua grandeza espiritual e doutrinal, Paulo VI, em 1970, a proclama Doutora da Igreja. Apaixonada por Jesus Cristo, Catarina escrevia: “Nada atrai o coração de um homem como o amor! Por amor, Deus o criou; por amor, seu pai e sua mãe deram-lhe a sua substância; ele foi feito para amar.”

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo