Após a Catequese

Papa sobre o massacre no Texas: basta ao tráfico indiscriminado de armas

“Meu coração está abalado pelo massacre na escola primária do Texas. Eu rezo pelas crianças, pelos adultos mortos e por suas famílias”, disse ainda Francisco

Da redação, com Vatican News

Foto: REUTERS/Marco Bello

Após a Catequese desta quarta-feira, 25, o Papa Francisco comentou sobre o massacre no Texas: “Meu coração está abalado pelo massacre na escola primária do Texas. Eu rezo pelas crianças, pelos adultos mortos e por suas famílias. É hora de dizer basta para o tráfico indiscriminado de armas! Devemos nos comprometer para que tais tragédias nunca mais possam acontecer”.

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Nesta terça-feira, 24, um atirador matou 14 alunos e um professor em uma escola primária no sul do Texas, a Robb Elementary School. 

Devemos agir

A reação dos bispos estadunidenses foi imediata, em particular o arcebispo de Chicago, Cardeal Blase Cupich, condenou as leis sobre a posse de armas: “Devemos chorar e nos aprofundarmos na dor, mas, depois, devemos estar prontos para agir”.

Já passaram dez anos desde o massacre de Sandy Cook, também uma escola primária, na qual 20 das 26 vítimas eram crianças. Recordando aquela e as muitas outras tragédias que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos anos, o prelado se perguntou: “O que esperamos para nossos filhos? Que, como regulamento de sua escola, aprendem a se comportar no caso de um ataque armado? Que se sintam em perigo simplesmente fazendo o que a sociedade diz ser um bem para eles: ir à escola? Que chegam a se questionar se têm futuro?”.

Dom Cupich, apoiado por todos os bispos dos Estados Unidos, pediu a todos que imaginassem “ser um pai ou uma mãe com um filho naquela escola”, e depois: “imaginem ter que enterrá-los”. Todo o país está cheio de armas. “Temos mais armas de fogo do que pessoas”, afirmou ainda. Embora nem sempre tenha sido assim, “os tiroteios em massa se tornaram uma realidade diária nos Estados Unidos de hoje”.

“O direito de posse de armas nunca será mais importante do que o vida humana”, concluiu Dom Cupich, acrescentando: “Nossos filhos também têm direitos. E nossos agentes eleitos têm o dever moral de protegê-los.”

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