Catedral Luterana

Papa participa de oração ecumênica em viagem à Suécia

No momento de oração, Papa frisou que católicos e luteranos não devem se resignar com a divisão, mas superar mal-entendidos

Jéssica Marçal
Da Redação

Não se resignar com a divisão, mas superar mal-entendidos que impedem a compreensão entre católicos e luteranos. Esse foi o tom da homilia do Papa Francisco na oração ecumênica realizada na Suécia nesta segunda-feira, 31, em sua viagem ao país. A visita de Francisco é por ocasião dos 500 anos da Reforma Protestante.

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O Santo Padre foi acolhido na Catedral Luterana de Lund, local da oração, pelo primaz da Igreja na Suécia, arcebispo Antje Jackelén, e pelo bispo católico de Estocolmo, Dom Anders Arborelius. Francisco enfatizou a necessidade de católicos e luteranos estarem unidos a Cristo para terem vida e darem frutos, superando aquilo que causa divisão.

“Não podemos resignar-nos com a divisão e o distanciamento que a separação gerou entre nós. Temos a possibilidade de reparar um momento crucial da nossa história, superando controvérsias e mal-entendidos que impediram frequentemente de nos compreendermos uns aos outros”, disse o Santo Padre.

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Francisco também destacou a necessidade de reconhecer que a divisão se afasta da intuição originária do povo de Deus, cujo desejo é sempre a união. Ele recordou, nesse ponto, o que dizia João Paulo II: “Não devemos deixar-nos guiar pelo intento de nos tornarmos árbitros da história, mas unicamente pela intenção de compreendermos melhor os acontecimentos e de sermos portadores da verdade”.

E não se trata de querer corrigir o passado, disse o Papa Francisco, mas contar a história de um modo diferente. “Sem dúvida, a separação foi uma fonte imensa de sofrimentos e incompreensões; mas ao mesmo tempo levou-nos a tomar consciência sinceramente de que, sem Ele, nada podemos fazer, dando-nos a possibilidade de compreender melhor alguns aspetos da nossa fé”.

A homilia do Papa terminou com a ênfase na necessidade de católicos e luteranos serem testemunhas credíveis da misericórdia. “Juntos, podemos anunciar e manifestar, de forma concreta e com alegria, a misericórdia de Deus, defendendo e servindo a dignidade de cada pessoa. Sem este serviço ao mundo e no mundo, a fé cristã é incompleta”.

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