Encontro

Papa Francisco recebe primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán

Francisco recebeu em audiência privada, no Vaticano, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e reconheceu o esforço do país no acolhimento de refugiados ucranianos.

Da Redação, com Vatican News

Papa recebe primeiro-ministro da Hungria, em reconhecimento pela proteção aos refugiados ucranianos / Foto: Reprodução Vatican Media

Nesta quinta-feira, 21, o Papa Francisco recebeu, no Vaticano, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. O Santo Padre expressou, no encontro que durou 40 minutos, o seu apreço pelo trabalho de proteção e acolhimento que a Hungria está fazendo pelas pessoas que fogem da Ucrânia. 

O primeiro-ministro húngaro veio acompanhado por uma comitiva de quatro pessoas e chegou ao Vaticano pouco antes das 11h.

Por estar em visita particular, não se encontrou com o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que se encontra atualmente no México, nem com o secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

Esta é a primeira viagem de Orbán depois de sua nova vitória eleitoral.

“Minha primeira viagem oficial após as eleições me levará ao Vaticano, ao Papa Francisco”, disse Orbán, na última quarta-feira, 20, em sua conta no Facebook. Na ocasião, postou uma foto de seu aperto de mão com o Sumo Pontífice. 

Quatro anos atrás, após as eleições de 2018, a primeira viagem de Orbán foi a Varsóvia.

Os presentes

A audiência começou às 11h05, na Biblioteca Apostólica. “Estou feliz com a sua presença aqui”, disse o Papa, fazendo sentar-se à mesa o primeiro-ministro da Hungria.

A conversa, terminou às 11h45, na presença de um intérprete. Orbán deu ao Pontífice alguns presentes: dois livros, de e sobre Béla Bartók, compositor húngaro e especialista em música.

 Logo após, entregou uma coleção de discos de música lírica, e um volume de 1750 com a Liturgia das Horas para a Semana Santa em inglês e latim.

O Papa retribuiu com um painel de bronze representando São Martinho de Tours, natural da Panônia, que hoje corresponde à atual Hungria, no ato de proteger o pobre, dando-lhe uma parte de seu manto. 

O Papa expressou seu apreço pelo acolhimento dos refugiados ucranianos ao apresentar este presente, em solo húngaro: “Escolhi isso para você, São Martinho que é húngaro, e pensei que vocês húngaros estão recebendo atualmente todos esses refugiados”.

O Papa também doou alguns documentos do pontificado, a Mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, o Documento sobre a Fraternidade Humana, assinado em 2019, e o livro publicado pela Livraria Editora Vaticana sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020.

O encontro de setembro de 2021

Já havia ocorrido um primeiro encontro ‘privado’ entre Orbán e Francisco, no Vaticano, em 28 de agosto de 2016. 

Na ocasião, o Papa recebeu o grupo de líderes e parlamentares cristãos europeus que participaram do encontro anual da Rede/ICln, em Frascati. 

Na ocasião, em que o Papa foi a Budapeste para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional, em 12 de setembro de 2021, os dois chefes de estados haviam se  encontrado pela última vez.

Hungria: disponibilidade de acolher refugiados

Com a eclosão da guerra na Ucrânia, o tema da imigração tornou-se urgente novamente. A Hungria mostrou a sua disponibilidade de acolher os refugiados.

No início de abril, Orbán teve uma conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, onde pediu um “cessar-fogo” imediato na Ucrânia. 

Orbán explicou numa coletiva de imprensa, que a resposta foi positiva, mas com condições. 

Visita do cardeal Czerny à Hungria

Em relação aos refugiados, mais de 600 mil pessoas fugiram do país invadido e chegaram às fronteiras da Hungria, onde foram houveram várias iniciativas de apoio ao acolhimento e permanência. 

Para muitos, a Hungria representa uma ‘ponte’ para chegar a outras áreas da Europa, em particular Alemanha e Itália, onde vivem e trabalham parentes e amigos.

Cinco fronteiras que as realidades católicas e não católicas da Hungria se dividiram para lidar de forma mais orgânica com a emergência. 

O governo húngaro diz que ofereceu todo o seu apoio, incluindo apoio econômico.

O vice-primeiro-ministro Semjén também reiterou isso em sua conversa em Budapeste com o cardeal Michael Czerny, prefeito interino do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

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