No Marrocos

Papa e Rei Mohamed VI: Jerusalém, patrimônio comum das três religiões

Papa assinou junto ao Rei Mohamed VI um documento que pede em Jerusalém, plena liberdade das três religiões monoteístas

Da redação, com informações do Vatican News

Papa e Mohammed VI assinaram documento que pede a garantia, em Jerusalém, da plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas/ Foto: Vatican Media

Na tarde deste sábado, 30, Papa Francisco visitou o Rei Mohamed VI, no Palácio Real, em Rabat, e, na companhia do rei, conheceu o Instituto Mohamed VI. No Palácio Real “Dar al–Mahkzen”, o Pontífice e Mohamed VI assinaram um documento que pede a garantia, em Jerusalém, da plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas e o direito de cada um exercer sua própria adoração.

No Instituto Mohamed VI, o Santo Padre foi recebido por estudantes e em seguida assistiu a um vídeo institucional sobre o local. De acordo com dados do vídeo, o instituto foi fundado em 2015, possui 1300 estudantes, e prioriza uma comunidade mais aberta e instruída ao mundo em um período onde o extremismo está ameaçando a autenticidade das religiões. Ainda segundo o institucional, no local, os estudantes aprendem sobre direitos e deveres com Deus, consigo mesmos e com os outros.

Na sequência, o Santo Padre terá um encontro com os migrantes na sede da Caritas diocesana. No domingo, 31, Papa Francisco visitará o Centro Rural de Serviços Sociais de Témara e terá um encontro com os sacerdotes, religiosos, consagrados, e com o Conselho Ecumênico das Igrejas na Catedral de Rabat. Após a oração mariana do Angelus e almoço com a comitiva papal, Francisco presidirá a Santa Missa, concluindo sua estadia no país.

O Apelo

Confira na íntegra o apelo assinado pelo Papa e o Rei Mohamed VI durante encontro no Palácio Real:

“Nós consideramos importante preservar a Cidade Sagrada de Jerusalém / Al Qods Acharif como patrimônio comum da humanidade e sobretudo para os fiéis das três religiões monoteístas, como local de encontro e símbolo da coexistência pacífica, onde se cultivam o respeito mútuo e o diálogo .

Para este fim, devem ser conservados e promovidos o caráter multi-religioso específico, a dimensão espiritual e a peculiar identidade cultural de Jerusalém / Al Qods Acharif devem ser preservadas e promovidas.

Fazemos votos, portanto, que na Cidade Santa sejam garantidas a plena liberdade de acesso aos fiéis das três religiões monoteístas e o direito de cada uma de exercer ali seu próprio culto, de modo que em Jerusalém / Al Qods Acharif, se elevem, da parte de seus fiéis, a oração a Deus, Criador de todos, para um futuro de paz e fraternidade na terra “.

Rabat, 30 de março de 2019

S.M. o Rei Mohammed VI (Amir al Mouminie) – S.S. Papa Francisco

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo