Diplomacia

Papa discursa a novos embaixadores e os encoraja ao diálogo

Embaixadores de sete países apresentaram hoje suas credenciais ao Papa; Francisco também falou sobre a pandemia e pediu acesso rápido às vacinas para todos

Da Redação, com Vatican News

Embaixadores de sete países apresentaram ao Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, 17, suas credenciais. Ao grupo proveniente de Moldávia, Quirguistão, Namíbia, Lesoto, Luxemburgo, Chade e Guiné-Bissau, o Pontífice fez um discurso, com foco no diálogo e com menções ao cenário de pandemia que ainda perdura.

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Francisco recordou que o último encontro do gênero foi realizado mais de um ano atrás, quando o mundo vivia ainda a fase mais crítica da pandemia. Agora, com as vacinas já à disposição, o Papa fez votos de que a comunidade internacional intensifique os esforços de cooperação para que todas as pessoas tenham acesso rápido aos imunizantes. “Não é uma questão de conveniência ou de cortesia. É uma questão de justiça”.

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Interligação e fraternidade

A pandemia, acrescentou, recorda mais uma vez a interligação entre os seres humanos: trata-se de uma comunidade global, onde os problemas de uma pessoa são os problemas de todos. “Cada um de nós é responsável pelos próprios irmãos e irmãs, ninguém excluído”, observou o Papa.

“Esta é uma verdade que deveria nos impulsionar a enfrentar não somente a atual crise sanitária, mas todos os problemas que afligem a humanidade e a nossa casa comum – pobreza, migração, terrorismo, mudanças climáticas, para citar alguns – e isto fazê-lo de maneira solidária e não isolada.”

O Papa destacou ainda que a pandemia tirou o melhor da humanidade em termos de generosidade e sacrifício. No entanto, ponderou que muito ainda deve ser feito nos âmbitos institucional e intergovernamental.

Sobre a missão específica do diplomata, Francisco reiterou o apreço da Igreja por este trabalho, muitas vezes feito “no silêncio e sem reconhecimento público”. E os encorajou no caminho do diálogo para cultivar as relações e facilitar a compreensão recíproca com pessoas de diferentes culturas e proveniências, garantindo a cooperação da Santa Sé.

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