Missa no Vaticano

Na festa da Virgem de Guadalupe, Papa exalta a fé de Maria

Papa Francisco presidiu a Missa na festa litúrgica da Virgem de Guadalupe; na homilia, foco foi para a fé forte de Maria

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa faz sua homilia ao lado da imagem da Virgem de Guadalupe / Foto: Reprodução CTV

Papa faz sua homilia ao lado da imagem da Virgem de Guadalupe / Foto: Reprodução CTV

Nesta segunda-feira, 12, dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora de Guadalupe, o Papa Francisco presidiu a Santa Missa no Vaticano em honra à padroeira da América Latina. O foco da homilia foi o exemplo de fé dado por Maria, um exemplo a imitar diante das duras realidades vividas no continente americano. 

Francisco desenvolveu a homilia a partir das palavras com que Isabel recebeu Maria em sua casa: “Bem-aventurada aquela que acreditou”. Ele falou de Maria como uma mulher de fé forte e de serviço, um exemplo que tem muito a ensinar, em especial em uma sociedade sempre mais marcada pela divisão e pelo descarte e que gosta de se vangloriar de progressos científicos e tecnológicos, mas que se tornou cega e insensível diante do sofrimento alheio.

“Como é difícil se vangloriar da sociedade do bem-estar quando vemos que o nosso querido continente americano se habituou a ver milhares e milhares de crianças e de jovens de rua que mendigam e dormem nas estações de trem, nos metrôs ou onde conseguem encontrar um lugar”, lamentou o Papa.

O Santo Padre foi mais além e falou de outras tristes realidades, como famílias marcadas pela dor de perder seus filhos ou a normalização do abandono de idosos e a situação precária que atinge a dignidade da mulher. São situações, disse o Papa, que podem paralisar e gerar dúvidas quanto à fé. Mas é nessa hora que se deve repetir o que disse Isabel – “Bem-aventurada aquela que acreditou” – e aprender com aquela fé forte de Maria.

“Celebrar Maria é, em primeiro lugar, lembrar da mãe, lembrar que não somos nem nunca seremos um povo órfão. Temos uma Mãe! E onde está a mãe há sempre presença e sabor de casa (…) Celebrar a memória de Maria é celebrar que nós, como Ela, somos convidados a sair e ir ao encontro com os outros com o seu mesmo olhar, com as suas próprias entranhas de misericórdia, com os seus próprios gestos”, acrescentou Francisco.

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